Mesmo para os que já se desiludiram com o governo do PT, Lula surpreende. A atual campanha para rebaixar os miseráveis
R$ 275 votados pelo senado para R$ 260, é um retrato do que é este governo. A corrupção aberta ao comprar deputados com a liberação de verbas, para que votem os R$ 260, não tem tanto destaque na mídia como o escândalo Waldomiro. Mas é exatamente disso que se trata: um governo corrupto em campanha para rebaixar o salário mínimo em R$ 15.

Não surpreende que entre os que deram sua vida pelo PT, no passado, impere o desânimo e o ceticismo. Existem muitos e muitos neste país, que hoje negam o PT e dizem que “todos os partidos são iguais”. Essa ruptura massiva com o PT tem uma parte muito progressiva. Não se constrói o novo sem romper com o velho. Esse ceticismo é uma das expressões mais evidentes da frustração das ilusões, alimentadas por mais de vinte anos, de que por meio da eleição de Lula se resolveriam os problemas deste país.

Entretanto, com ceticismo não se constrói alternativa. As massas trabalhadoras e os estudantes, que já deram inúmeras lições de combatividade, não podem deixar de responder a mais este desafio. Quem já realizou grandes greves da década de 80, participou das lutas pelas Diretas já, derrubou o governo Collor, não pode desanimar. É necessário que se realize no país uma grande onda de lutas contra o governo e que consigamos unificá-las. É preciso construir uma oposição de esquerda neste país.

Para isso, é necessário avançar na construção de direções alternativas às atuais. Nem a CUT nem a Força Sindical, duas centrais pelegas, podem falar em nome dos trabalhadores. A UNE, chapa branca, não pode representar os estudantes. O PT não pode mais se apresentar como “representante dos trabalhadores” deste país.

No dia 16, em Brasília, demos início à construção tanto da luta unificada contra o governo, como desta oposição de esquerda. Ali estavam operários, bancários, professores, trabalhadores da saúde, aposentados, estudantes e camponeses com suas lutas. A Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), apesar do boicote da CUT, da UNE, do PT, do PCdoB, do PSOL, conseguiu ocupar a Esplanada dos Ministérios em uma grande manifestação.

Está nascendo uma nova direção para as lutas dos trabalhadores. Toda a geração que construiu a CUT e agora está vendo as traições dessa central, tem uma alternativa agora com a Conlutas. Todos os novos ativistas das lutas atuais podem buscar na Conlutas um novo ponto de apoio.

Para todos aqueles que estão rompendo com o PT e que não se rendem ao ceticismo, nós propomos que venham conhecer o PSTU. Nós ajudamos a construir o ato de Brasília do dia 16, nós apresentamos a proposta de um partido diferente dos outros: socialista, revolucionário e democrático.

Neste fim de semana, estão se realizando também as convenções de lançamento dos candidatos municipais do PSTU. Venha conhecer os lutadores, trabalhadores e estudantes como você. Eles serão candidatos para enfrentar os mesmos partidos que você também quer enfrentar nessas eleições.

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