No âmbito da esquerda brasileira, a campanha eleitoral evidencia um forte processo de reorganização a partir da guinada política e programática do PT à direita, traduzida na aliança com o PL, no afastamento do plebiscito da Alca e no compromisso explícito (em atos, palavras e no programa) de manutenção dos “contratos“ com o FMI, com o pagamento da dívida externa e agora com a recente sinalização de que não é um obstáculo ao novo acordo do governo com o FMI.
Esses fatos estão colocando na ordem do dia o debate em torno da formação de um novo partido da classe trabalhadora, capaz de unir a esquerda socialista em torno de um programa que resgate a ruptura com o imperialismo, a luta contra o capitalismo, a independência de classe, o internacionalismo, a democracia operária e a defesa da ação direta dos trabalhadores. Enfim, um partido que seja capaz de denunciar esta decadente democracia dos ricos e aponte como estratégia a necessidade da revolução socialista.
O primeiro grande exemplo dessa nova realidade é o manifesto chamando a um Encontro por um Novo Partido em Santa Catarina. A convocatória é assinada por militantes e dirigentes filiados ou ex-filiados ao PT e por militantes do PSTU de Florianópolis e São José (município próximo à Capital).
O PSTU saúda essa iniciativa. A unificação do melhor da vanguarda do movimento operário e popular sob uma mesma bandeira é uma necessidade inadiável diante da degeneração do Partido dos Trabalhadores. O surgimento de uma alternativa política e organizativa capaz de conquistar influência sobre as amplas massas trabalhadoras deste país contará, desde o início, não só com a adesão do PSTU, mas terá em seus militantes os mais aguerridos defensores dessa iniciativa.
Nesta página reproduzimos alguns trechos do manifesto de Santa Catarina, uma primeira iniciativa da qual esperamos que surjam muitas outras pelo país.
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