Alexandre Barbosa e Daniele Ferreira, do Rio de Janeiro (RJ)É fato que as grandes escolas de samba hoje são empresas e que dificilmente os pobres têm acesso às fantasias, apesar de algumas escolas priorizarem a comunidade. Mesmo assim, as escolas de samba são uma das partes fundamentais do carnaval, sejam as do Grupo Especial ou as dos grupos de acesso.

A escola de samba é a expressão, a identidade de uma cidade, região ou bairro. A vida na agremiação não se resume aos dias que antecedem o desfile, há atividade o ano inteiro. Em muitas escolas, a quadra é um ponto de reuniões, debates e atividades culturais, sociais e desportivas.

Lamentavelmente, a grande imprensa só tem olhos para o desfile do Grupo Especial transmitido pela Rede Globo. Mas há carnaval nas escolas de samba dos grupos de acesso A, B, C, D, E e F de excelente nível. Sem o dinheiro e luxo das “grandes”, sem a Cidade do Samba e, muitas vezes, dividindo o barracão, as “escolas pequenas” apostam no samba no pé.

Elas ficam de fora do grande esquema da mídia. Mesmo assim, há milhares de pessoas que vão aos desfiles dos grupos A e B na Sapucaí. Além dos demais grupos de acesso que desfilam gratuitamente na Intendente Magalhães, reunindo foliões que vão torcer, vibrar e sambar com o fenômeno mais carioca da nossa cultura.