Feira reúne representantes da indústria armamentista de todo o mundo, inclusive de Israel

Mais uma vez, a cidade do Rio de Janeiro será palco da Feira de Armamentos Latin America Aerospace and Defence (LAAD), chamada pelos movimentos sociais de “a feira da morte”. O evento reúne comerciantes da guerra, da repressão, da tortura e do massacre de todo o mundo. Entre eles estão as empresas que se beneficiam do comércio de armas pelas forças militares israelenses, que utilizam os territórios palestinos – Cisjordânia e da Faixa de Gaza – como “campo de provas” para “testar” novos equipamentos e tecnologias militares. A feira da morte será realizada entre os dias 9 a 12 de abril, no Centro, Barra da Tijuca.

No rol dos expositores figuram empresas armamentistas de Israel. Um exemplo é a Elbit Systems Group, grupo privado, envolvido na construção de um dos trechos do Muro do Apartheid, na Cisjordânia. A empresa ainda oferece ao exército sionista os famosos Drones, veículos aéreos não-tripulados, manipulados por controle remoto, responsáveis pela morte de centenas de palestinos.

Também estarão presentes a Israel Military Industries(IMI), empresa que produz munição para infantaria, aviação e tanques; e a Israel Aerospace Iindustries(IAI), grupo privado e principal indústria aeronáutica de Israel.

Protesto contra a indústria armamentista
As entidades que compõem a Frente em Defesa do Povo Palestino, a CSP-Conlutas e a campanha do BDS- Brasil (Boicote – Desinvestimento – Sanções) estão convocando a realização de um ato contra a feira da morte. O objetivo é denunciar a realização da feira em território brasileiro e repudiar o Tratado de Livre Comércio (TLC) firmado entre Israel e o Mercosul. O protesto será realizado em frente do Rio Centro, a partir das 9 horas da manhã, no dia 9 de abril, terça-feira. As entidades também pretendem realizar um protesto em frente do Consulado de Israel, marcado para às 13 horas.

A adesão ao TLC faz com que o governo brasileiro fortaleça a indústria de armamento israelense. A Elbit Systems já assinou contratos de cooperação com as Forças Armadas brasileiras. Sua subsidiária brasileira, AEL Sistemas, formou uma joint venture com a Embraer, voltada a sistemas de aeronaves não tripuladas e simuladores, para fins militares e civis. É a Harpia Sistemas, sediada em Brasília, da qual a Embraer Defesa e Segurança detém 51%, o restante pertence à AEL.

Acordos como esse mostram como as guerras, ocupação e colonização israelenses continuam a ser um negócio lucrativo. É preciso exigir do governo Dilma o rompimento dos acordos comerciais do Brasil com o Estado Sionista. O Brasil não pode continuar financiando o massacre do povo palestino.