Nesta quarta-feira, 18 de julho, acontece um ato público em defesa da reintegração dos sindicalistas demitidos pelo Metrô de São Paulo. A causa dos afastamentos foi política: os mesmo aconteceram no mesmo dia em que a categoria realizou uma paralisação contra a Emenda 3 e contra as reformas neoliberais, no dia 23 de abril. A medida configura um ataque explícito ao direito de organização sindical dos trabalhadores e ao direito de greve.

A empresa demitiu cinco diretores do Sindicato dos Metroviários: Paulo Pasin, vice-presidente da entidade, e os diretores Alex Fernandes, Ronaldo Campos, Ciro Moraes e Pedro Agustinelli. Os três primeiros são ligados à Conlutas. Após pressão e mobilização da categoria, o Metrô reconsiderou o afastamento de três dos cinco diretores, mas manteve punições. Já o vice-presidente do sindicato, Paulo Pasin, e o diretor Alex Fernandes estão ainda afastados, sem receber salários, enquanto respondem a processo. Ciro Moraes, Pedro Augustinelli e Ronaldo Campos foram punidos.

Estas demissões não aconteceram por acaso. Os metroviários protestavam contra a Emenda 3, contra as reformas neoliberais e contra o fim do direito de greve. O Metrô, ao demitir os sindicalistas, está em consonância com a política do governo Lula de restrição de greves, oficialização a informalidade no trabalho com a Super-Receita, fim de direitos básicos – férias, 13º, FGTS, licença maternidade, etc. Diante disso, essa postura do Metrô só pode ser entendida como a ação dos patrões para impedir que os trabalhadores continuem lutando.

Por isso, a presença de todos será fundamental nessa batalha. O ato acontece a partir das 19h, na Apeoesp, que fica na Praça da República, 282, em São Paulo (SP).

Leia, abaixo, a nota convocatória assinada pelas entidades.

18 DE JULHO: ATO PÚBLICO PELA REINTEGRAÇÃO DOS SINDICALISTAS METROVIÁRIOS DE SP

Serra está perseguindo os metroviários por lutarem por seus direitos e pela melhoria dos transportes públicos!

Local do ato: Apeoesp (Praça da República, 282)
Horário: 19 horas

O governo Serra e a direção do Metrô de São Paulo, num claro ataque ao direito de greve e organização sindical demitiu e puniu diretores do Sindicato dos Metroviários, que ajudaram a organizar no dia 23 de abril uma paralisação de duas horas contra a Emenda 3 da Super-Receita.

Esta luta em defesa dos direitos trabalhistas foi uma mobilização construída por centrais sindicais, confederações, federações e centenas de sindicatos no país e a atitude da direção do Metrô mostra a truculência com que os patrões estão vindo pra cima das conquistas dos trabalhadores. Trata-se também de um ataque ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo numa tentativa de fazer com que a categoria recue da sua luta contra a privatização do Metrô, que se realiza através das parcerias público-privadas (PPPs), modelo de contrato que levou à catástrofe do desmoronamento das obras da estação Pinheiros (Linha 4).

O vice-presidente do sindicato Paulo Pasin e o diretor executivo Alex Fernandes Permanecem afastados, sem receber salários, enquanto durar o inquérito que visa demiti-los por justa causa. O diretor Ciro Moraes, embora não esteja afastado, está impedido de voltar ao seu local de trabalho. Os diretores Pedro Augustinelli e Ronaldo Campos (Pezão) também foram punidos.

A reintegração dos companheiros é fundamental para fortalecer a luta dos trabalhadores e enfrentar o ataque ao direito de greve, às conquistas da classe trabalhadora e as privatizações. Esta luta também é parte do enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais, que vêm sendo imposta pelos governos com punições, interditos proibitórios, multas aos sindicatos, demissões de lideranças sindicais e prisões de ativistas dos movimentos sociais combativos. Participe você também dessa luta!

Pela reintegração imediata de Pasin e Alex!
Contra punições e a criminalização dos movimentos sociais!
Em defesa do Metrô público e estatal: não às PPPs!

ASSINAM: CONLUTAS – INTERSINDICAL – CUT – MST – MTST – Fórum das Pastorais Sociais de São Paulo – JOC – FENAMETRO – Sindicato dos Metroviários de São Paulo – Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro – Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul – Sindicato dos Metroviários de Pernambuco – Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais – Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal – Sindicato dos Metroviários de Fortaleza – Associação de Comunidades Periferia Ativa (APA) – Sindicato dos Advogados de São Paulo