Redação

Em meio à pandemia da covid-19, a Enel, empresa de distribuição de energia elétrica de Goiás, realizou demissão de um grupo de trabalhadores, alegando que os mesmos não conseguiram alcançar as metas estabelecidas.

A Enel é uma multinacional italiana que se beneficiou com o processo de privatização das companhias elétricas brasileiras. Além de Goiás, comprou as empresas estatais de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. É hoje a maior empresa privada do setor elétrico do país, com 17 milhões de clientes.

Como qualquer outra grande empresa capitalista, a Enel está preocupada apenas com o seu lucro e não com a vida dos trabalhadores. A histórico da empresa é o de oferecer péssimos serviços à população, nos quatros Estados que atua. São milhares de denuncias dos clientes junto aos órgãos de defesa do consumidor.

No Indicador de Desempenho Global de Continuidade, com número de unidades consumidoras maiores que 400.000, elaborado anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Enel Goiás ocupa a 28ª posição, entre as 29 empresas da lista. A Enel RJ e a Enel CE também estão no final da lista, ocupando a 27ª e a 26ª posição, respectivamente.

Desde a privatização, só cresce o número de denúncias quanto aos péssimos serviços, aumentos abusivos de tarifas e relações trabalhistas ruins. Vários profissionais com conhecimento do sistema elétrico goiano já foram demitidos. A empresa busca sair das piores posições do ranking da Aneel submetendo os trabalhadores a um excessivo ritmo de trabalho e com imposição de metas. Enquanto isso, o lucro da empresa só aumenta.

“A Enel, conforme noticiado na mídia, está aumentando o lucro e não teve que paralisar as atividades em nenhum decreto. A folha salarial dos funcionários representa apenas 1% do faturamento. Por isso, não tem motivos para demitir sem justa causa. Agindo dessa forma, a empresa coloca os lucros acima da vida”, registra a nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG).

Nota de Repúdio
O STIUEG está trabalhando com uma nota de repúdio contra as demissões e em defesa da vida acima dos lucros. O PSTU apoia a luta encabeçada pelo Sindicato e exige a readmissão imediata dos trabalhadores.

Leia a nota de repúdio divulgada pelo STIUEG, que já conta a assinatura de diversas outras entidades e movimentos sociais.

A empresa ENEL realizou na semana passada a demissão de um grupo de trabalhadores em Goiás, alegando ao STIUEG que os mesmos não conseguiram alcançar as metas estabelecidas. Esse fato gerou revolta, já que atravessamos um momento de crise sanitária e a prioridade deve ser o combate ao contagio do novo coronavírus.

Desde a privatização, a Enel não sai da mídia goiana sob denúncias de péssimos serviços, aumento abusivos de tarifas, relações trabalhistas ruins, dentre essas notícias também está uma que chama a atenção: a do aumento dos lucros da empresa.

A empresa que desde a privatização demitiu vários profissionais com know-how e conhecimento do sistema elétrico goiano, busca sair das piores posições do ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel submetendo os trabalhadores a um excessivo ritmo de trabalho.

A situação se agrava quando o cenário de desemprego instalado aumenta a dificuldade de recolocação desses companheiros no mercado de trabalho. Uma empresa que, conforme noticiado na mídia está aumentando o lucro, que não teve que paralisar as atividades em nenhum decreto e na qual a folha salarial dos funcionários representa apenas 1% do faturamento, não tem motivos para demitir sem justa causa.

Agindo dessa forma a ENEL coloca os lucros acima da vida! As entidades abaixo assinados repudiam veementemente as injustas demissões desumanas em meio a esta pandemia que estamos atravessando.

Pela imediata readmissão dos trabalhadores injustamente demitidos! Fora ENEL! A vida acima dos lucros!