Enquanto isso, prosseguem rupturas com a CUTNeste dia 19 de novembro, dois estados realizaram encontros para debater o Congresso Nacional dos Trabalhadores, o Conat. Rio Grande do Sul e Piauí deram a largada para a preparação do congresso que criará uma nova entidade para organizar todos os setores oprimidos e explorados do país.

O encontro em Porto Alegre teve 213 inscritos, de 16 entidades sindicais, 10 núcleos do Cpers (sindicato dos professores estaduais), 6 oposições sindicais, 4 entidades estudantis e 1 associação de moradores. Partidos e organizações, como o PSTU, o P-SOL, o Ceds (Centro de Estudos e Debates Socialistas) e o Coletivo Luís Carlos Prestes, fizeram uma saudação ao encontro. Os ativistas do estado preparam-se agora para eleger na base os delegados, assim como organizar caravanas para o Conat, que será em São Paulo, no final de abril de 2006.

O Estado do Piauí, onde ocorreu o outro encontro, foi recentemente palco da ruptura de um importante sindicato com a CUT, o SINDSERM, que representa 12 mil servidores, entre eles os professores de Teresina. Além destes, o encontro contou também com a participação dos estudantes e de diversas entidades sindicais e populares. Estavam lá o Andes, a Associação dos Professores da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP), a Oposição Nacional Bancária, a Oposição de Professores do Estado, o DCE da Federal do Piauí, associações de moradores, como a do Parque Afonso Gil e do Parque Piauí e representantes do Acampamento Rural Resistência Camponesa e do grupo gay Mirindiba. Ao final, o Encontro da Conlutas de Piauí aprovou uma nota em apoio à greve das universidades federais, condenando a intransigência do governo Lula.

Ruptura em Alagoas
O Sindicato dos Trabalhadores no Judiciário Federal do Estado de Alagoas (Sindjus) aprovou em seu último congresso, entre 11 e 13 de novembro, a desfiliação da CUT. A tese aprovada afirma que o sindicato empreendeu todas as tentativas possíveis para reverter a situação da CUT e que, diante da impossibilidade de se lutar por dentro da central, só resta romper.

O Sindjus vai romper gradualmente com a CUT, tentando acumular forças. De forma imediata, o sindicato vai suspender o repasse. E irá dialogar com outras entidades sindicais do estado para uma possível “saída em bloco” da central, em janeiro de 2006.

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