Encontro ganha adesões e atrai setores que querem organizar as lutas dos trabalhadores, juventude e movimentos populares

Convocado inicialmente pela CSP-Conlutas, pela corrente “A CUT Pode Mais”, pelo setor majoritário da Condsef (servidores públicos federais) e pela Feraesp (Federação dos Assalariados Rurais de São Paulo), o Encontro Nacional foi também assumido por outras entidades. Entre elas a Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares), Fenasps (Federação dos Trabalhadores da Previdência), FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), pela corrente estudantil “Juntos!”, além de vários outros sindicatos, movimentos populares e estudantis.

O Encontro Nacional poderá atrair setores que desejam organizar as mobilizações este ano. Além das entidades que assinam a convocatória, diversos outros setores estão debatendo a participação. Os próximos dias serão de intensa atividade para as entidades e organizações que convocam o encontro.

A Conafer, por exemplo, acaba de realizar o “Carnaval Vermelho”. Foram realizadas 41 ocupações em várias regiões de São Paulo. A confederação é parte de uma articulação nacional denominada Frente Nacional de Lutas, que será convidada a participar do encontro.

O encontro também deve ser construído nas mobilizações da classe trabalhadora. Todo o esforço dos ativistas deve estar voltado a trazer representantes das lutas e greves que estão ocorrendo na construção civil, transportes, limpeza, serviços públicos e outros segmentos.

O que será debatido?
A atual situação do país exige a construção de um pólo alternativo que se apresente e que busque organizar as diversas lutas da classe, construindo a unidade e superando a dispersão.

A maioria das direções majoritárias dos movimentos dos trabalhadores e da juventude continua, infelizmente, defendendo o governo Dilma.  Querem evitar que suas bases saiam às ruas e questionem as políticas do governo.

Já as centrais sindicais (CUT e CTB à frente) reeditam uma agenda de propostas negadas nos mandatos de Lula e Dilma, e organizam uma caravana a Brasília em abril. O objetivo é transformar essa marcha em um movimento de apoio à reeleição de Dilma.

Os setores combativos do movimento sindical, do movimento estudantil e organizações populares, junto aos novos movimentos surgidos nas mobilizações de junho, devem construir outro caminho, apontando um programa que reflita as reivindicações levantadas nas mobilizações de rua, até agora não atendidas pelos governos.

Como será o Encontro
A organização do Encontro está definindo ainda os preparativos, mas o encontro deverá ter três momentos ou sessões: uma mesa de abertura com todas as entidades, trabalhos de grupo que debaterão as propostas de resolução e temas específicos, e a plenária final.

Também deve ocorrer uma manifestação de rua “Na Copa vai ter Luta”, aproveitando a presença estimada dos três mil pessoas que estarão reunidos em São Paulo. A manifestação vai lançar a jornada de lutas para 2014.

Plano de lutas
O plano de lutas que será aprovado deve responder às demandas imediatas e as lutas e mobilizações em curso.

O encontro deve definir como um dos eixos o apoio e a unificação das campanhas salariais e as iniciativas nos estados, a exemplo do que já vem sendo feito em Belo Horizonte (MG) pelos servidores municipais e em Fortaleza (CE), por categorias como construção civil, vigilantes, rodoviários, entre outras.

Também deve ser assumida a jornada de lutas que setores do movimento popular vêm apontando para abril e maio, como a Resistência Urbana e o Movimento Luta Popular.

Também está em discussão a realização de um ato nacional contra a criminalização das lutas, dirigentes e ativistas, da população pobre e de periferia.  O encontro também vai discutir a realização de atos do dia 1º de maio, dia da classe trabalhadora, com um caráter de luta e independente.

Por fim, será debatido um calendário com datas indicativas para a realização de atos nas várias localidades do país, incluindo a abertura da Copa, marcada para o dia 12 de junho.
 

Calendário dos Encontros

Dia 21 de março
Reunião ampliada da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas

(Local: Sindicato dos Metroviários de São Paulo)

Assembleia Nacional da ANEL

Dia 22 de março
Encontro Nacional do Espaço de Unidade de Ação

(Local: Quadra da Escola de Samba Mancha Verde)

Dia 23 de março
Plenária do Encontro Nacional de Negros e Negras da CSP-Conlutas

Local: Sindicato dos Metroviários de São Paulo