Encontro de Universidades Públicas, com USP, Unesp e Unicamp, fortalece mobilizaçãoApesar da insistência do governo e da direita em tentar isolar a ocupação da USP, o que acontece é o contrario. Após mais de um mês de ocupação, o movimento contra os decretos que retiram a autonomia da USP, Unesp e Unicamp só aumentam de força. Além da ocupação da Reitoria da USP, tem greve em 32 cursos da capital mais os quatro maiores campi do interior, greve da Unicamp e greve com ocupação de diretorias na Unesp, sem contar as várias federais pelo país que realizaram ocupações de solidariedade ao movimento de São Paulo.

Para aumentar a mobilização, foi realizado nesta quarta-feira o III Encontro de Universidades Públicas, com a participação de mais de 700 estudantes e funcionários das três universidades. Foram pautados nas discussões a luta contra os decretos de José Serra (PSDB), a conjuntura atual e a campanha contra a Reforma Universitária, além de discutir o atual papel do movimento estudantil na sociedade.

“A greve da Unesp e a ocupação levou a um número grande de estudantes a discussão de movimento estudantil e educação, e também de um projeto de sociedade. O Encontro ajuda a aprofundar essa discussão toda e a organizar a luta contra os decretos de Serra”, afirmou Diego Vilanova, estudante de geografia da Unesp Presidente Prudente e militante do PSTU.

No final do encontro foi deliberado um calendário unificado de lutas em todo o estado, a pauta unitária de todos os segmentos em greve nas universidades estaduais e a criação de um Comando Estadual de Greve, eleito pelas assembléias das universidades. “O encontro era o que faltava para garantir a unidade das três estaduais contra os ataques do governo estadual, e também contra a reforma universitária de Lula”, declarou Diego.