O governo Lula quer acabar com a Previdência dos petroleiros, que atualmente funciona com o critério de Benefícios Definidos, e transformá-la em Contribuição Definida, a exemplo do que fez Pinochet no Chile. Assim, a mantenedora, no caso a Petrobras, não teria mais a obrigação de cobrir qualquer eventual déficit do fundo.
Essa é uma exigência feita fundamentalmente pelos novos acionistas privados, que hoje têm a maioria das ações da empresa.

Lula, para acabar com a Previdência complementar da Petrobras, conta com uma grande aliada: a direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que marcou um ato em defesa da proposta da Petrobras, no dia 17 de fevereiro e um Seminário para os dias 17, 18 e 19 em Belo Horizonte.

Contra isso, está se formando um Bloco de Oposição. Inicialmente formado pelos sindicatos petroleiros de Alagoas e Sergipe, conta agora com Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro. Em 2005, durante a campanha salarial, esses sindicatos já realizaram uma mesa de negociação separada da FUP.

Em janeiro, as entidades realizaram um primeiro encontro em Aracaju (SE) e, no último dia 11, foi realizado um segundo encontro no Rio de Janeiro.

Além dos sindicatos e de associações e federações de aposentados, participaram também representações dos sindicatos de Caxias (RS) e Campinas (SP), e as oposições do Norte fluminense, unificado SP, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As oposições do Rio Grande do Norte e Litoral Paulista, envolvidas em eleições sindicais, mandaram saudações.

Entre as resoluções mais importantes do encontro, foi decidido transformar o caráter dos atos do dia 17 em atos em Defesa do Plano Petros BD. Outro importante debate foi sobre a necessidade do Bloco não se limitar a lutar apenas por essa reivindicação, pois deve também se tornar um grande Bloco de Oposição que derrote a direção majoritária da FUP no próximo Congresso.
Os petroleiros do Base-Conlutas estiveram presentes com uma delegação expressiva e estão na linha de frente na defesa da constituição desse Bloco. Também fizeram um amplo chamado pela participação no Conat e iniciaram o debate sobre a necessidade da construção de uma Frente Classista para o processo eleitoral.

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