Mario Villareal, representante dos presos políticos argentinos
Matheus Birkut / Cromafoto

O Encontro da Coordenação Nacional de Lutas, a Conlutas, foi aberto na manhã de hoje com a participação de representantes de diversas entidades e organizaç~eos, dos movimentos sindical, estudantil e popular, além de delegações internacionais — os números exatos serão divulgados assim que a comissão de credenciamento terminar o levantamento.

Logo após a saudação feita por Luis Carlos Prates, o Mancha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, foi aberto um espaço para que representantes de duas delegações internacionais pudessem se pronunciar.

Os primeiros a falar foram os representantes de Caleta Olívia, na Argentina, que lutam pela libertação de seis presos políticos, que há meses encontram-se encarcerados por terem participado de mobilizações por emprego. Na seqüência, representantes do Peru e do Equador fizeram um apelo à solidariedade dos presentes para que possam retornar ao seu país. O ônibus em que viajavam para o Brasil está preso na fronteira da Argentina, devido a um erro cometido pela empresa contratada.

Todos os companheiros agradeceram aos vários sindicatos que já contribuíram com suas campanhas, destacando que a Conlutas já nasce demonstrando o importante papel que pode ter como referência para a luta dos trabalhadores e estudantes de todo o continente.

Um momento histórico
Em depoimento para o site do PSTU, José Maria de Almeida, o Zé Maria, da direção da Conlutas e do PSTU, destacou a importância do Encontro: “Esse encontro é um momento histórico, que dá início há uma alternativa para a classe trabalhadora frente à falência dos velhos organismos — CUT e UNE —, que hoje, na verdade, travam as lutas dos trabalhadores e dos estudantes. Começa a ganhar corpo a recomposição dos movimentos sociais, potencializados pela eleição de Lula. A Conlutas será um instrumento dessas lutas. O encontro vai fortalecer a militância e cada entidade vai levar a discussão para a base de atuação, em um forte trabalho, amplo e democrático”.
Durante o decorrer do dia, os delegados irão discutir um Plano de Ação para 2005 e a forma como a Conlutas se organizará.