Passeata de operários terceirizados da Revap
Sindmetal SJC

Ato exige redução da jornada sem redução de direitosPasseata com milhares de trabalhadores, assembléias com atraso da entrada e manifestação em frente à uma concessionária Chevrolet. Estas foram as atividades realizadas pela Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) para dar início ao dia nacional de luta pela redução da jornada de trabalho, em São José dos Campos (SP), nesta quarta-feira, dia 28.

As atividades começaram por volta das 5h30, com assembléias e panfletagens na General Motors e na Johnson&Johnson, empresas onde os trabalhadores estão em luta contra a redução de salários e o Banco de Horas. Houve ainda manifestação em frente à Veibrás, concessionária Chevrolet.

Já por volta das 7h, a mobilização dos trabalhadores terceirizados da Petrobras, que entraram hoje no 13º dia de greve, foi o ponto alto das atividades.

Cerca de 5 mil trabalhadores, após a realização de uma longa assembléia, saíram em passeata das margens da rodovia Presidente Dutra, por cerca de 5 km, até a outra portaria da refinaria da Petrobras, no Jardim Diamante.

Os trabalhadores travam uma forte luta por aumento de salários e direitos e enfrentam a intransigência do consórcio de empreiteiras, responsável pela ampliação e modernização da refinaria da Petrobras. As empresas não aceitam as reivindicações dos trabalhadores e entraram com pedido de dissídio na Justiça.

Redução da jornada, mas sem redução de direitos
Para Luiz Carlos Moraes, ajudante terceirizado da Revap, que participou da manifestação na Revap, hoje a redução da jornada é muito necessária para os trabalhadores. “É a única forma de se abrir novos postos de trabalho. Mas, não dá para dar com uma mão, e tirar com a outra. Os patrões não têm que vir com papo de reduzir os salários e nem banco de horas”, afirmou o trabalhador.

Aliás, este foi o caráter das mobilizações realizadas pela Conlutas. Em todas as atividades a reivindicação foi clara: redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, mas sem redução de salários ou direitos e sem Banco de Horas.

Outro trabalhador da obra, vindo do Maranhão, também tem opinião semelhante. “Queremos a redução da jornada, mas sem Banco de Horas e sem mexer nos nossos salários. As empresas já tão ganhando muito nas nossas costas. Por isso, acho que a luta dos trabalhadores da GM ta certa. Se lá passar, pra gente vai piorar ainda mais”, disse.

Para José Donizete de Almeida, um dos coordenadores regionais da Conlutas, as mobilizações expressaram a forte disposição de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da região.
“Na GM, Johnson e Revap os trabalhadores já estão travando uma forte mobilização pelos seus direitos. A redução da jornada, sem redução de salários e sem Banco de Horas é o complemento dessa luta”, explicou.