Quatro dias de campanha, dois pedidos de perda de tempo. A propaganda de Toninho, candidato do PSTU à Prefeitura de São José dos Campos (SP), começou incomodando. A coligação PSTU-PSOL tem pouco mais de três minutos na TV, mas fez com que os outros dois candidatos a prefeito – Carlinhos Almeida (PT) e Eduardo Cury (PSDB), atual prefeito – entrassem com pedidos na Justiça Eleitoral.

O candidato do PT exigiu direito de resposta pelo primeiro programa, que dizia que PT e PSDB governam para os ricos e recebem doações milionárias. A defesa de Carlinhos afirmou que “não é verdade que ele está do lado dos ricos” e pediu direito de resposta. A Justiça entendeu que se tratava de uma crítica política e negou o pedido.

Carlinhos também protestou contra a divulgação do dinheiro arrecadado em sua campanha a deputado estadual. O programa do PSTU mostrou que, dos quase R$ 600 mil, 80% foram doados por empresas. O partido também mostrou na TV a doação da construtora OAS, uma das que atuam nas obras da Revap, a refinaria da Petrobras, ao candidato do PT. Mas esse pedido também foi negado pela Justiça.

Quando fechávamos esta edição, o prefeito tucano também havia pedido a perda do tempo de TV, apenas porque o PSTU divulgou em seu programa a assembléia da campanha salarial dos metalúrgicos. O prefeito esteve ao lado da GM quando a empresa tentou impor o banco de horas. Agora tenta impedir que o PSTU utilize sua campanha para apoiar as lutas.

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