Em Porto Alegre, o movimento estudantil mostrará sua força no dia 17 de abril. A expectativa é de que a juventude tenha um papel importante nessa mobilização, a exemplo da participação no ato do 8 de Março, quando os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) se destacaram. A Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute), a Frente de Oposição de Esquerda (FOE) e o Diretório Central de Estudantes da UFRGS (DCE), que integram a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, estão movendo esforços na construção desta atividade.

Motivos para os estudantes tomarem as ruas não faltam. A Reforma Universitária e os cortes de verbas do governo Lula colocam a UFRGS no mesmo quadro geral de sucateamento das universidades públicas do país. Só nesse ano, importantes lutas aconteceram, como a que barrou um convênio com a empresa Aracruz Celulose.

No momento, está em curso na universidade a mobilização contra o fim da Permanência, um ataque da reitoria visando a adequar a universidade aos cortes de verbas e à Reforma Universitária. A Permanência é um direito dos estudantes que possibilita a continuação dos estudos da graduação na universidade após a conclusão do curso.

O dia 17 de abril faz parte do calendário de lutas definido no encontro Nacional contra as Reformas, que aconteceu em São Paulo no dia 25 de março. Por isso, na universidade federal, os servidores também estão mobilizados. Eles têm o indicativo de paralisação por aumento de salário nesse dia.

Sem contar com a UNE burocrática e governista, o movimento estudantil tomará as ruas colocando na ordem do dia a discussão da construção de uma alternativa de direção por parte de todos os lutadores e lutadoras.

LEIA TAMBÉM: