O governador e candidato à reeleição Aécio Neves (PSDB) está bastante preocupado com o único minuto de TV que a Frente de Esquerda tem no horário eleitoral. Ele entrou na Justiça contra os programas de Vanessa Portugal, candidata do PSTU ao governo de Minas pela frente.

Os programas afirmam que Aécio foi financiado pela Votorantin e que, por isso, é conivente com a poluição do rio São Francisco. Outro motivo que levou Aécio à Justiça foi a denúncia de que ele esteve “metido nas maracutaias da privatização da Vale do Rio Doce”.

A Vale foi vendida por R$ 3,3 bilhões em 1997 pelo governo de FHC, em um processo repleto de irregularidades.

A concordância de Aécio Neves com a venda da Vale, que ele nega, foi descrita pela Folha de S. Paulo de 12 de junho de 1997. Segundo o jornal, a proposta de Aécio é que “o dinheiro para a área social deve vir das privatizações nos moldes do que foi feito com a privatização da Vale do Rio Doce”.

Nilmário Miranda (PT) também entrou na Justiça Eleitoral porque um dos programas associa a imagem dele à de Marcos Valério. A ligação do PT com o valerioduto, entretanto, não é novidade para ninguém.

Com os processos, o PSTU perdeu três programas e meio. Ao tentar barrar o programa de Vanessa Portugal, o PT e o governador, que têm quase 20 minutos diários no horário eleitoral, demonstram que não podem suportar sequer um minuto de critica.

Em Santa Catarina, mais censura
O governador de Santa Catarina e candidato à reeleição, Luiz Henrique (PMDB), entrou com representação contra um programa de Joaninha de Oliveira, candidata a deputada estadual pelo PSTU. No seu programa de 14 segundos, Joaninha denuncia o desvio de R$ 33 milhões das verbas do Fundef pelo governo. O peemedebista ganhou, mas o PSTU vai recorrer e denunciar a censura nas assembléias e nos fóruns dos trabalhadores da educação.

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