Os servidores da Universidade Federal da Amazônia (UFRA) decidiram nesta quarta-feira, dia 5/10, romper com a CUT e aderir à Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas). Em greve há mais de 40 dias contra o arrocho salarial de Lula, os trabalhadores aproveitaram o momento para tomar essa decisão histórica. “Esperamos com este nosso ato de ruptura estar ajudando a classe trabalhadora brasileira a se recompor e a marchar mais rapidamente na construção de uma nova alternativa sindical e popular”, afirmou o companheiro Robertinho, presidente do SINTUFRA e militante do PSTU.

Após a votação dos presentes, que aprovou por unanimidade a adesão à Conlutas, foi afixada imediatamente uma faixa no portão da universidade onde se lia: “Todo apoio à greve da educação federal! – Derrotar o plano econômico de lula! – Fora todos os corruptos! Conlutas-PA”.

Greve segue radicalizada
A Universidade Federal do Pará foi uma das primeiras a entrar em greve no país, com professores e servidores encampando o movimento. Mereceu destaque essa semana o papel que os docentes desempenharam. Cansados da enrolação do governo Lula em não atender suas reivindicações, os professores colocaram cadeados nas portas de acesso a reitoria, no ginásio esportivo e nas principais divisões administrativas, impedindo dessa forma que a inscrição do vestibular fosse efetivada. A notícia ganhou repercussão na cidade. A polícia federal foi acionada e cortou as correntes, sob as vaias dos ativistas.

“Depois desta ação, o movimento tende a se radicalizar e derrotar a política de truculência do reitor Alex Fiúza, ordeiro defensor das políticas governistas neoliberais na instituição”, segundo Socorro Aguiar, membro do comando de greve dos professores e militante do PSTU.