Assembleia lotou Salão Nobre da Fac. de Direitao da USP

O Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP ficou pequeno. Lotando o imponente auditório, mais de 2000 estudantes votaram por aclamação a continuidade da greve em resposta à repressão desmedida ordenada por Rodas e Alckmin.

Realizada logo após a passeata da greve no Centro de São Paulo, o local escolhido para a assembléia não poderia ter sido mais simbólico. A Faculdade de Direito é a unidade de origem do reitor Rodas, onde a Congregação o declarou persona non grata.

Foi mais uma demonstração de força do movimento, após a forte campanha da imprensa, que o reduz a um grupo de “baderneiros” e “maconheiros”, e a brutal repressão empreendida pela reitoria e o governo do estado. A unidade do movimento para construir a greve é a declaração dos estudantes de que não vão nos derrotar.

A assembléia também deliberou, após proposta da ANEL, a inclusão da exigência por 10% do PIB para a educação pública já. E enquanto o debate se desenrolava, ativistas circulavam com urnas do plebiscito popular – que teve ali seu pontapé inicial na USP.

Ficou decidido convocar a reitoria para uma audiência pública na próxima quarta-feira, dia 16 de novembro, onde os estudantes querem cobrar explicações do reitor acerca de sua conduta autoritária. Além disso, haverá uma nova rodada de assembléias nos cursos e está marcada para a quinta-feira, dia 17, a próxima assembléia geral – a ser realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. A greve continua!