Passeata dos grevistas

“Não é só por 12%” dizem os servidores de São Bernardo do Campo em paralisação desde o dia 13 de maio

 
Nesta quarta-feira, 20 de maio, os servidores e servidoras municipais de São Bernardo mostram que a greve segue forte e que não estão dispostos a sair perdendo, apesar do prefeito Marinho (PT) não ter recebido os trabalhadores pra negociar. Os trabalhadores reivindicam 12,54% de aumento, sendo que 8% é reposição da inflação. Mas a greve geral da categoria, após 15 anos, é também contra a privatização dos serviços públicos imposta por Marinho e contra o descaso com a educação, em particular.
 
Cresce a adesão nas escolas. É comum encontrar trabalhadores que aderiram ao ver a força do movimento nos mutirões de convencimento, que todas as manhãs saem para os bairros da cidade parando escola por escola.
 
O apoio da população é comovente, mesmo com o trânsito parando todos os dias. os grevistas recebem mensagens de apoio e é possível ver a população com entusiasmo nos ônibus gravando pelos celulares as animadas passeatas que não ficam um minuto em silêncio.
 
Não é difícil entender o porque que a população se identifica com o movimento: a população também sabe que o salário tá curto, que não é suficiente para as compras do mês e a ameaça do desemprego na região é um fantasma para todos.
 
Marinho não governa para os trabalhadores!
Luiz Marinho já está “entalado na garganta” dos trabalhadores que vivem e trabalham em São Bernardo. Neste ano, o prefeito do PT chegou a cortar a merenda das crianças que estudam no município! Nessa prefeitura, tudo vem sendo pouco a pouco privatizado, inclusive a saúde e educação. Ao mesmo tempo, o prefeito gasta boa parte do orçamento com subsídios para os mafiosos do transporte, que têm dívidas intermináveis com o município.
 
Marinho se recusa a conceder aumento salarial aos servidores do município, mostrando que seu compromisso é com os empresários que financiaram suas milionárias campanhas e não com a população trabalhadora da cidade.
 
A dupla gestão de Marinho caminha para o fim de forma parecida com as gestões dos partidos tradicionais, como o PSDB, PMDB e PSB. A postura de Marinho com os servidores mostra que é uma gestão contra os trabalhadores.
 
Ao mesmo tempo, os que se dizem oposição ao Marinho, como Alex Manente do PPS ou Orlando Morando do PSDB, não nos representam. São contra Marinho, mas também contra os trabalhadores. Alex Manente votou a favor do PL 4330 das terceirizações mostrando que na prefeitura também ficaria contra os servidores.
 
Greve Geral para derrotar o ajuste fiscal de Dilma e do Congresso!
Sabemos que o que ocorre em São Bernardo é uma parte dos ataques que ameaçam os trabalhadores de todo o país. As demissões já são uma dura realidade na nossa região. O Governo Dilma de mãos dadas com o Congresso Nacional já cortou mais de 70 bilhões do orçamento, incluindo saúde e educação. O Congresso Nacional aprovou o PL 4330 que leva a terceirização sem limites, ou seja, mais precarização do trabalho. E mais recentemente Dilma enviou ao Congresso um verdadeiro pacote de maldades que inclui cortes no seguro desemprego, no auxílio doença e na pensão por morte.
 
Por isso, temos que somar todas as lutas de hoje numa greve geral para derrotar esse ajuste fiscal e impedir a retirada de nossos direitos. Só a mobilização independente dos trabalhadores e a unidade de todas as categorias pode por fim aos ataques de Marinho no município de São Bernardo, de Geraldo Alckimin no governo do estado e do governo Dilma (MPs 664 e 665) e do congresso federal(PL4330).
 
Nessas lutas, construíremos os novos líderes e movimentos que possam se mostrar aliados das lutas dos trabalhadores. O PSTU se coloca a serviço dessas mobilizações, pela construção da greve geral e por uma nova alternativa para os trabalhadores. Chega de Dilma, PT, PSDB e PMDB!