Trabalhadores técnico-administrativos da Educação em greve ocuparam na manhã desta terça, 15, a sede do Ministério da Educação em Brasília contra os ataques anunciados pelo governo nesta segunda. 

As novas medidas do ajuste fiscal anunciadas pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, jogam nas costas dos servidores públicos grande parte do corte de R$ 29 bilhões. O reajuste que já não repunha sequer a inflação deste ano foi adiado de janeiro para agosto de 2016. O governo ainda suspendeu os concursos públicos programados para o período e anunciou o fim do auxílio-permanência (abono que o servidor que já pode se aposentar recebe ao optar por continuar trabalhando).

Os servidores estão ocupando o MEC e não vão sair enquanto o governo não reverter esses cortes que foram anunciados e retomar as negociações com a categoria“, afirma Gilbran Jordão, Coordenador Geral da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil). “Reivindicamos  nenhum corte de direitos”, diz.

Nos cortes aplicados pelo governo Dilma, só as instituições e universidades federais sofreram um corte de R$ 9 bilhões. A política de austeridade do governo do PT está provocando um verdadeiro caos nas universidades, impossibilitando até mesmo serviços básicos como limpeza. Segundo a Fasubra, vários hospitais universitários correm o risco de fechar as portas, como o HC de Uberlândia que já acumula uma dívida de R$ 48 milhões.

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