Em greve, os operários da construção civil de Fortaleza (CE) realizaram na manhã desta terça-feira (8) manifestações em diversas localidades da capital. Uma assembleia da categoria ocorre na Praça Portugal com a participação de 5 mil pessoas.

Segundo informações da imprensa local, obras de Fortaleza e de alguns pontos da Região Metropolitana (Porto das Dunas e Messejana) estão completamente paralisadas.

A greve foi decretada na segunda-feira (7) após rejeição dos trabalhadores à proposta da patronal de reajuste salarial de somente 6,5%.

A categoria reivindica 17% de reajuste salarial, aumento para cesta básica para R$ 80,00, segurança nas obras entre outras reivindicações.

Desde o dia 2 de abril, o “tsunami de peões”, como é chamado o movimento, mostra sua disposição de luta pelo atendimento de suas reivindicações.

Em data base, os operários, após várias negociações, seguem enfrentando a intransigência dos empresários do setor. Antes de decretarem a paralisação esses trabalhadores mostraram que não estavam de brincadeira: foram mais de oito passeatas e mobilizações. Entretanto, a patronal se manteve irredutível. A categoria respondeu com a greve por tempo interminado.

Todas as manifestações levaram às ruas mais de mil trabalhadores, chegando a reunir cerca de 5 mil operários em passeatas realizadas em diversas localidades.

A CSP-Conlutas apoia a greve dos operários da construção civil de Fortaleza que, assim como os trabalhadores de Belo Monte, Comperj e tantos outros canteiros de obras, enfrentam as péssimas condições de trabalho e baixos salários.