“Solidariedade ao Povo do Egito. Fora Mubarak!” Dizia a faixa segurada pelos militantes do PSTU em ato nessa tarde de quinta-feira, 10, no Centro de Fortaleza. Além do PSTU, estiveram presentes PSOL, PCB, CONSULTA POPULAR e diversas entidades como a CSP-CONLUTAS, a ANEL, o DCE UFC e muitos sindicatos e organizações.

O ato teve o papel de esclarecer para população a situação de opressão vivida pelo povo egípcio e a importância da solidariedade de classe nesse momento. A todo momento, pessoas perguntavam o que estava acontecendo e pediam o panfleto distribuído pelos militantes e ativistas.

Segundo Francisco Gonzaga, presidente estadual do PSTU, a manifestação “foi importante para resgatarmos o internacionalismo e apoiarmos o desenvolvimento das ações do povo do Egito”. No seu discurso, o dirigente ainda disse que a Revolução que ocorre nesse momento no Egito “deve ser acompanhada por todos nós” e que “para ser vitoriosa é preciso avançar para um governo operário e popular”, pois só assim, “os problemas da classe trabalhadora serão resolvidos”.

Ao final, toda a militância se juntou para uma foto, a ser enviada ao Egito, demonstrando todo clima de unidade que levou a construção do ato. Eles discutem ainda a formação de um comitê de solidariedade, que organize novas ações.

OUTROS ATOS – A luta no Egito já motivou diversos atos no país, nestes 18 dias de protestos. O primeiro ato ocorreu no Rio de Janeiro, em frente ao consulado, logo após os primeiros grandes protestos. São Paulo realizou uma marcha na região central, na sexta-feira passada, e promove novo ato hoje, 11, a partir das 17h, na Avenida Paulista, com concentração no prédio da TV Gazeta.

As imagens destes atos têm circulado o mundo e ajudado a fortalecer a luta no mundo árabe. Além disso, centenas de moções estão sendo aprovadas em sindicatos e assembleias pelo país. Na tarde desta quinta, segundo informa o correspondente do PSTU, a carta de solidariedade da CSP-Conlutas foi lida em plena Praça Tahrir, em um dos palcos.