Na capital do Mato Grosso do Sul, a Coordenação Nacional de Lutas participou das atividades programadas para o dia 14 de agosto. Uma companheira do Grupo de Trabalho GLBT da Conlutas marchou com o MST desde o domingo, 9 de agosto, numa coluna vinda da região de Terenos (MS), há aproximadamente 70 quilômetros da capital.

Além do MST, só a Conlutas participou dessa marcha. A participação foi muito positivo para compreensão dos companheiros que ali estavam acerca de nosso comprometimento com os movimentos sociais.

Uma marcha pela capital, com duas colunas do MST que vieram de dois pontos distantes de Campo Grande, reuniu outros movimentos, entidades sindicais e partidos de esquerda. A marcha terminou na sede do Incra em Campo Grande, que foi ocupada.

Havia cerca de 900 pessoas na atividade. A coluna da Conlutas se destacou tanto por sua presença marcante com suas bandeiras, quanto pela distribuição de panfletos sobre a luta do dia 14 e do Comitê Nacional pela Reestatização da Embraer.

A participação da Conlutas-MS engrossou com a companheira Beth Lima, da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef), que estava no estado para participar de atividades realizadas pelos servidores públicos federais, com os militantes do PSTU de Campo Grande e com companheiros do Sindjufe/MS.

Inicialmente, o carro de som que acompanhou a marcha pela cidade, parou em frente à sede do Incra, onde alguns companheiros fizeram intervenções, incluindo o companheiro Suél do PSTU. No entanto, o som desse carro foi cortado sob a alegação de que naquela localização havia um hospital.

Outro carro de som menor foi providenciado e estacionou na garagem do Incra. Aí houve a participação massiva dos representantes dos movimentos e entidades.

Pela Conlutas-MS, falou a companheira Cléia Montezano. Ela cobrou uma posição concreta do governo Lula quanto às demarcações das terras indígenas no estado, a situação dos acampados e assentados do MST, a edição de uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego. Ela também culpou o governo pelos efeitos nefastos da crise para os trabalhadores.

Por fim, Valdemir, da Conlutas-MS e também militante do PSTU, acompanhou uma comissão à Justiça Federal para agendar uma audiência com o juiz federal Odilon de Oliveira, visando à tomada de providências quanto à suspensão das demarcações no estado. Esse magistrado recebeu a comissão e propôs-se a auxiliar o movimento. Ele fez severas críticas aos governos federal e estadual e à corrupção no Senado.

É preciso destacar que as entidades que, de fato, fizeram o ato e a marcha acontecerem (pois houve muitos desencontros das outras centrais sindicais e movimentos) foram a Conlutas, o MST e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).