Índio é metalúrgico e pré-candidato a prefeito da cidade mais operária da Bahia
Duda Carvalho

Índio defenderá uma Camaçari para os trabalhadoresNo dia 27 de junho, o PSTU realizou sua convenção municipal na Câmara de Vereadores de Camaçari. Estiveram presentes militantes, simpatizantes e amigos do partido. Também compareceram representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e do Sindicato do Judiciário Federal, bancários, professores, trabalhadores da saúde e ativistas da juventude da ANEL. O PSOL enviou uma delegação que esteve representada pelo presidente do Partido.

As diferentes organizações saudaram a convenção e reafirmaram a importância das candidaturas do PSTU na cidade. Em sua saudação, a bancária e presidente do PSTU de Salvador, Renata Mallet, afirmou que “durante as eleições, tanto o governo do PT quanto a oposição de direita prometem uma Camaçari com igualdade e distribuição de renda, mas na prática governam para os ricos e as grandes empresas”.

A convenção representou um marco na construção do partido na cidade mais operária da Bahia. Pela primeira vez, o PSTU apresentará a todos os trabalhadores de Camaçari uma alternativa de esquerda, de luta, classista e socialista. “Seremos a única candidatura que denunciará a injustiça social e defenderá uma Camaçari para os Trabalhadores”, declarou Mallet.

Depois das saudações, os pré-candidatos do partido a prefeito, vice-prefeito e vereador fizeram uso da palavra. O professor Carlos, ex. candidato a governador da Bahia nas eleições de 2010 e, nestas eleições, pré-candidato a vereador de Camaçari, denunciou o descaso da educação no município. O professor também denunciou a violência que sofre todos os dias os setores mais oprimidos, como os negros, as mulheres e os homossexuais. “Infelizmente, no dia que realizamos esta convenção, dois irmãos foram brutalmente espancados por serem confundidos com homossexuais. Um deles morreu. A homofobia mata e a Bahia lidera, pelo sexto ano consecutivo, o ‘ranking’ nacional dos assassinatos de homossexuais. A impunidade é ainda o maior incentivo aos crimes homofóbicos”, argumentou o professor que é militante da causa LGBT.

Índio metalúrgico, pré-candidato a prefeito, reafirmou a importância de uma candidatura operária e independente dos patrões. “ Camaçari possui mais de 35 mil operários e uma arrecadação aproximada de 840 milhões por ano. É uma cidade rica, mas com um povo pobre, marcada pela injustiça social. Queremos governar para os trabalhadores e não para meia dúzia de empresários. A nossa candidatura será construída junto com os trabalhadores”, enfatizou o pré-candidato.

No final da convenção, os militantes e filiados aprovaram, por unanimidade, as candidaturas do PSTU na cidade.