Passeata percorre as ruas do Centro de Belém
Gilberto Marques

Nem a forte chuva impediu a manifestação, com cerca de mil pessoasA capital paraense passou a noite do dia anterior ao ato nacional sob forte chuva, produzindo diversos pontos de alagamento. A concentração do ato estava marcada para às 9 horas da manhã de 1º de abril e o dia também amanheceu sob forte chuva. Apesar disso, professores estaduais, municipais, da UFPA, servidores da saúde estadual e municipal, da Funpapa, estudantes e trabalhadores da construção civil atenderam ao chamado da Conlutas e de diversos sindicatos e foram aos poucos engrossando a manifestação do dia de luta.

Quando a chuva diminuiu, a passeata saiu pelas ruas do centro da cidade, mas para tal teve que reverter a tentativa das direções dos sindicatos dos professores (dirigido pela Intersindical) e da saúde de transformar o ato em uma manifestação apenas destas duas entidades. Por proposta de companheiros ligados à Conlutas as assembléias destas categorias haviam aprovado ato unificado.

Superado este entrave, a manifestação assumiu o eixo de luta contra os governos Lula, Ana Júlia (PT) e o prefeito Duciomar (PTB) e incorporou as reivindicações salariais, de mais verbas para a saúde e o fim das demissões dos servidores estaduais temporários. Além das palavras de ordem contra as reformas do governo Lula e o pagamento das dívidas interna e externa, as cerca de mil pessoas que estiveram na passeata também gritaram contra os governos locais, como por exemplo, a palavra de ordem de “Ô Ana Júlia, eu quero ver o teu nariz de tucano aparecer”. Nas paradas em frente à Prefeitura de Belém e a um órgão do governo estadual, os manifestantes exigiriram o fim das demissões de funcionários temporários do Estado e melhoria das condições de trabalho.

Cleber Rebelo, do sindicato da construção civil e militante do PSTU, falou pela Conlutas, lembrando dos esforços para a construção do ato nacional contra as mentiras de Lula. Ele reivindicou a luta unificada dos trabalhadores contra os ataques dos governos federal, estadual e municipal: “São várias as mentiras pregadas pelo governo Lula. Com Ana Júlia e Duciomar não é diferente. Temos que superar as nossas diferenças e unificar a luta dos trabalhadores”, concluiu.