Seguem a todo vapor as eleições do Sindipetro-NF (Norte Fluminense) e Sindipetro-AL/SE. São os últimos sindicatos da série de eleições, com gosto de plebiscito nacional, que confrontaram a FUP (Federação única dos Petroleiros – CUT) e a FNP (Frente nacional dos Petroleiros) em oito diferentes bases, entre abril e maio.

Dirigentes sindicais deslocando-se por todo o país para ajudar numa ou outra campanha, listas de e-mails, panfletos de chapas: este é o clima deste embate nacional, que terá seus últimos capítulos nestas duas eleições, no Sudeste e no Nordeste, que podem apurar os votos simultaneamente, no dia 29 ou 30 de maio.

Na Bacia de Campos, estão os petroleiros responsáveis pela maior parte da produção do país. No sindicato, encastelou-se uma direção burocrática e entreguista há mais de 10 anos. Do outro lado, a oposição, que obteve a maioria dos votos na eleição passada, mas estava em chapas separadas, agora concorre com boas chances eleitorais pela Chapa 2 – Oposição Unificada FNP-NF.

No Aeroporto, de onde saem os petroleiros que trabalham na plataforma, o debate envolve dezenas de trabalhadores durante todo o dia. A sala de espera dos vôos tornou-se sala de debates, com os candidatos e apoiadores alternando-se nos discursos e respostas aos trabalhadores.

O mais “engraçado” foi fazer um debate com um GEPLAT (gerente de plataforma), ex-sindicalista, na frente de mais de 20 trabalhadores. O pelego teve que usar de toda habilidade para se esquivar quando, por um lado, nós desmascarávamos toda a política da FUP e, por outro, os próprios trabalhadores, sem nenhum compromisso com nossa chapa, questionavam por que ele tinha virado gerente depois de ser do sindicato. O tal gerente se justificou dizendo que, dos 120 GEPLATs da Bacia de Campos, “apenas” 10 eram ex-diretores do sindicato… Ele ainda acha pouco!

Já em Sergipe e Alagoas, a Chapa 1 – Resistência e Luta é composta pela atual direção do sindicato e outros grupos que se somaram e enfrenta a oposição fupista. Representando trabalhadores petroleiros, petroquímicos e químicos, diretos e terceirizados, o Sindipetro AL/SE cumpriu papel importantíssimo na fundação da FNP e da Conlutas. Sindicato com peso político importante na região, tem refletido parte de seu trabalho de base na quantidade de trabalhadores terceirizados vestindo a camisa da chapa ou nas declarações de voto nas portas da Petrobrás ou das químicas da região.

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