No segundo turno, vote nuloA crise econômica internacional já chegou ao Brasil. Algo que ficou ainda mais evidente nos últimos dias, nos sucessivos fechamentos da Bolsa de Valores de São Paulo, e na decretação de férias coletivas nas fábricas da General Motors (GM) e da Fiat no Brasil.

Porém ainda vivemos, no Brasil, uma conjuntura de crescimento econômico que deve mudar no próximo período com a eclosão dessa crise econômica que tem, sem nenhuma dúvida, grandes dimensões.

Mas a situação atual é utilizada por Lula e pelos atuais governadores e prefeitos para seguir administrando para os ricos e dando migalhas ao povo pobre. Eles fazem isso através de pequenas verbas orçamentárias para as políticas sociais compensatórias que são usadas para iludir os trabalhadores mais pobres. Isso passa a idéia de que nosso país não sofrerá os efeitos maléficos da crise econômica.

Foi dessa forma que Fernando Henrique, em 1998, se reelegeu presidente da República: prometendo a manutenção do crescimento econômico. Mas, logo após as eleições, vimos a crise do Plano Real se abater sobre os ombros dos trabalhadores já em janeiro de 1999.

Lula e os atuais prefeitos e governadores prometem o que não podem garantir. Disseram que o Brasil não entrará num quadro recessivo em 2009 devido aos efeitos da crise econômica internacional na economia brasileira. Enfim, o que se viu nestas eleições foi mais um estelionato eleitoral.

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O resultado das eleições municipais de 2008 na maioria das capitais demonstra uma tendência à reeleição dos atuais prefeitos ou de seus candidatos. Das vinte capitais em que os atuais prefeitos são candidatos, a reeleição já foi definida no primeiro turno em 13. Nas outras sete, os atuais prefeitos vão ao segundo turno, sendo que em seis delas como os candidatos que venceram o primeiro turno.

Esse cenário se completa com o resultado dos candidatos dos atuais prefeitos. Em Recife, João da Costa (PT), candidato do atual prefeito João Paulo, venceu no primeiro turno. Em Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), também candidato do atual prefeito do mesmo partido, vai ao segundo turno em primeiro lugar.

Fora as capitais, nas outras 53 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores já foram reeleitos, em primeiro turno, os atuais prefeitos de 25 delas.

A grande exceção foi, sem dúvida, o Rio de Janeiro, onde Solange Amaral, candidata do atual prefeito Cesar Maia (DEM), amargou um sexto lugar com menos de 4% dos votos. Mas, na capital fluminense, chegou na frente, em primeiro turno, Eduardo Paes (PMDB), o candidato do atual governador, Sérgio Cabral, confirmando o poder de influência das máquinas governamentais nas eleições.

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