Da redaçãoFaltam poucos dias para as eleições de uma das mais importantes e combativas entidades do País. Nos dias 22 e 23, milhares de trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) irão escolher a nova direção para o sindicato.

Os companheiros da Chapa 1, a Chapa do Sindicato Unidade Metalúrgica, da Conlutas, batalham por cada voto em sucessivas panfletagens na porta das fábricas, conversas no setor de trabalho e visitas às casas dos sócios. O objetivo é discutir com os metalúrgicos sobre a necessidade de apoiar a Chapa 1 para continuar enfrentando os patrões e os pelegos, representados pela Chapa 2 – Renovação, da CUT.

A receptividade tem sido boa, apesar das calúnias da chapa cutista. “Até os indecisos sabem que não querem a Chapa 2, pois a vitória deles é um retrocesso, é a volta da CUT já rechaçada”, diz Marcelino Faria, cipeiro e trabalhador da GM há 17 anos.

Baixaria
A Chapa 2, dos pelegos da CUT, tenta a todo custo retomar o sindicato para frear a luta dos metalúrgicos da região, e impor acordos rebaixados aos quais estão acostumados. Como exemplo, reduziram em 10% os salários na Embraer em 1997, quando dirigiam a entidade. Para eles, não há limites quando se trata de retirar direitos dos trabalhadores.

Por isso, a Chapa 2 tem feito uma campanha repleta de mentiras e baixarias. Atacam o PSTU, acusando os companheiros que hoje estão no sindicato de desviar recursos para o partido. Tentam enganar os trabalhadores com falsificações sobre os salários “superiores” nas fábricas de outros sindicatos dirigidos por eles.

Tantos ataques demonstram o desespero e o grau de degeneração a que chegaram os representantes da CUT, essa central falida para a luta. Com 29 candidatos em apenas seis fábricas – contra 41 de 19 empresas na Chapa 1 –, procuram confundir os metalúrgicos para esconder a fraqueza e a falta de representatividade.

A Chapa 1, porém, não rebaixou o nível. Permanece fazendo uma campanha limpa, baseada na discussão de temas relevantes para a categoria. A prática distinta é percebida nas empresas. “É uma chapa compromissada com o trabalhador, não está atrelada aos patrões e ao governo”, diz Marcelino.

Apoio
As eleições da próxima semana em São José serão decisivas para o futuro do movimento em todo o País. Pela importância desse sindicato, devem influenciar a construção da Conlutas e a realização do Congresso Nacional de Trabalhadores (CONAT).

Por isso, os companheiros pedem a solidariedade de todos. “É importante o apoio dos camaradas que acreditam em nosso projeto, pois a vitória da Chapa 1 fortalecerá a construção de uma organização nacional para encaminhar as lutas dos trabalhadores, desempregados e estudantes”, diz o candidato a presidente da Chapa 1, Adilson dos Santos, o Índio.
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