Vitória da chapa da Conlutas em São José dos Campos garantirá a existência de uma referência de combatividade no sindicalismo brasileiroNos dias 11 e 12 de março, ocorrem as eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, um dos principais centros industriais do país. Longe de ser mais uma eleição sindical entre tantas outras, esta eleição ganha uma importância que ultrapassa os limites geográficos do Vale do Paraíba.

O significado dessas eleições tem a ver tanto com a importância do sindicato, cuja trajetória se confunde com a história do movimento operário brasileiro, quanto com os projetos em disputa. De um lado, está a atual direção da entidade, ligada à Conlutas, responsável por firmar o sindicato como referência nacional de luta e manter a tradição de combatividade dos últimos anos. De outro, a CUT e a Força Sindical, que representam hoje o retrocesso nas lutas e os acordos para rebaixar direitos diante da ameaça de demissões.

A situação em que ocorrem estas eleições é marcada pela crise, com férias coletivas, demissões em massa e pressão para a flexibilização dos direitos. Os metalúrgicos, tanto das montadoras quanto das autopeças, são os principais afetados pela crise. Uma direção combativa para ficar à frente das mobilizações é sempre importante, mas num momento em que a mais grave crise dos últimos 80 anos se aprofunda, é fundamental.

Essa é uma das principais lições a ser tirada nos 50 anos de história do sindicato.

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