Educadores Estaduais do Rio Grande do Sul reunidos em assembleia geral em Porto Alegre, na tarde de quarta feira, 09, aprovaram greve a partir da próxima terça feira, dia 15 de dezembro, para impedir a aprovação, na Assembléia Legislativa, dos projetos encaminhados pelo governo estadual, os quais destroem os planos de carreira e retiram direitos da categoria. A corrente sindical Democracia & Luta distribuiu, durante a assembleia geral, adesivos com a frase: “Só a GREVE mantém o Plano de Carreira”, a qual foi usada por grande número de manifestantes.

Após a deliberação, os educadores uniram-se a outras categorias e foram em caminhada até o Palácio Piratini, onde realizaram Ato Público e fizeram a entrega simbólica do “material de trabalho” dos profissionais ali representados: educação, saúde, segurança, entre outros, indicando que se os projetos não forem retirados, poderá ocorrer greve geral no Rio Grande do Sul.

Durante os três anos do governo do PSDB no estado, somente os altos salários receberam aumentos – como o reajuste de 143% que a governadora se auto-concedeu – no entanto, a grande massa do funcionalismo é submetida à miséria: O Rio Grande do Sul paga os piores salários do país para a polícia Militar e nega a aplicação do Piso Salarial Nacional para os educadores, movendo uma ação de inconstitucionalidade à lei que regulamenta o PSPN. Além disso, ataca diretamente o Plano de Carreira dos professores e desrespeita o Estatuto do Servidor Público, buscando a implantação da meritocracia e oferecendo um completivo salarial que congela os salários e atinge uma parcela mínima da categoria.

Enquanto os deputados da base governista não se posicionam em favor do funcionalismo, diversas Moções, de apoio aos servidores e repúdio aos Projetos do governo estadual, são aprovadas nas Câmaras de Vereadores dos mais diversos municípios do Estado.

Na manhã do dia 15, os educadores iniciarão o “Acampamento da Resistência”, na Praça da Matriz, a fim de pressionar os deputados estaduais a não aprovarem tais projetos. Durante a semana, os servidores visitarão os gabinetes dos parlamentares apresentando suas razões para a rejeição ao pacote do governo. A partir das 10h, haverá Ato Público Unitário dos Servidores, reforçando a luta em defesa das carreiras.