Neste momento, os trabalhadores do IBGE já chegam ao segundo mês de greve. O governo cortou os salários de julho, mas o movimento conseguiu uma liminar na justiça suspendendo o corte. Na última semana, em função do impasse nas negociações e dos descontos, os grevistas intensificaram os piquetes e a direção respondeu chamando a polícia para reprimir o movimento. Apesar de não haver evolução nas negociações, a greve segue em vários estados.

Já no dia 17 de agosto, os técnicos administrativos das universidades federais pararam. Os governistas da Fasubra (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores nas Universidades Brasileiras) tentaram impedir a greve, mas foram derrotados pelo agrupamento “Vamos à Luta” (PSTU, P-Sol e independentes).

Seguindo essa tendência, os funcionários e docentes das escolas técnicas federais, organizados pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional), entraram em greve no dia 29 de agosto, alcançando 30% de paralisação já em seu primeiro dia. Além disso, os professores das universidades federais devem também entrar em greve nos próximos dias.

Unificar o movimento
A grande tarefa colocada para o movimento agora é unificar os eixos de luta a partir dos 18% de reposição, combinando com as reivindicações específicas, e apontar ações públicas conjuntas. Assim, é fundamental que nas assembléias de base a palavra de ordem central seja a unificação. É preciso construir Comandos de Greve Unificados e aprovar atos públicos, marchas e mobilizações cotidianas do conjunto.

Romper com a CUT e construir a Conlutas
Neste momento, é mais do que necessário afirmar categoricamente que a “CUT não fala em nome dos servidores”. Na recente greve da seguridade e dos setores ligados à Condsef (Confederação que reúne os sindicatos de servidores de órgãos públicos federais), a CUT e os cutistas de “esquerda”, entre eles a corrente Socialismo e Liberdade (P-Sol), foram os responsáveis pela assinatura de um acordo rebaixado que derrotou o movimento. Portanto, a tarefa que se impõe é a ruptura imediata com a CUT e a construção da Conlutas em toda a base do funcionalismo.
Post author Paulo Barella, da Direção Nacional do PSTU
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