Entre os dias 19 e 23 de junho, acontecerão as eleições para a diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE/RJ), incluindo também as eleições das diretorias dos núcleos do interior e Grande Rio e das regionais da capital.
O Sepe é um dos maiores sindicatos do Rio, representando cerca de 250 mil trabalhadores. As eleições serão marcadas pelo debate sobre a relação do sindicato com a CUT. Por isso, também será realizado um plebiscito perguntando se os profissionais de educação querem manter o SEPE filiado à CUT.

Quatro chapas foram inscritas. Duas defendem a manutenção da filiação e outras duas chapas defendem a ruptura com a CUT.

Na defesa da CUT estão as chapas 1 e 3. A Chapa 1 é dirigida pelo bloco majoritário da CUT e reúne as correntes petistas Articulação Sindical e Democracia Socialista, o PCdoB, o PSB e o grupo Educadores Socialistas, formado por militantes de PT e PSOL. A Chapa 3 é formada principalmente por militantes do PSOL ligados à corrente APS.
Já entre os que defendem a ruptura com a CUT, infelizmente houve uma divisão. A Liberdade e Revolução (LR) e o grupo que rompeu com a APS (ambos do P-SOL) vetaram a possibilidade de uma chapa unificada com a participação do PSTU e formaram a Chapa 2, composta também pelo PCB e a UST (ligada ao PDT).

A Chapa 4, “O SEPE é de Luta e da Educação, a CUT NÃO”, é composta por militantes da Alternativa de Classe (que inclui os militantes do PSTU, do Reage Socialista e independentes), militantes do PSOL (ligados ao MTL e ao Núcleo de Opção Socialista de Du-que de Caxias) e independentes.

Diferentemente da postura sectária e divisionista dos membros da Chapa 2, a Chapa 4 propôs unificar todos os lutadores que são favoráveis à ruptura com a CUT.
No programa da Chapa 4 se destaca a defesa da luta e mobilização como único caminho para garantir conquistas. Seus integrantes estiveram à frente das últimas greves.
Caso prevaleça a opinião de que o sindicato deve se desfiliar da CUT, a Chapa 4 vai propor abrir o debate sobre que alternativa de reorganização sindical deve ser apoiada pelo Sepe. Parte dos integrantes da chapa participa da Conlutas e esteve no Conat.

É importante o apoio de todo o movimento sindical, popular e estudantil que se coloca contra o governismo representado pela CUT. Este chamado se dirige principalmente às entidades ligadas à educação. Precisamos não só do apoio político à chapa, mas também do apoio financeiro para mais esta vitória.
Post author André Freire, do Rio de Janeiro
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