Rodrigo Rato, gerente do FMI, em encontro com Lula

Ao contrário do que diz a propaganda governista, os que mais se beneficiam com o crescimento da economia são banqueiros, empresários e latifundiáriosNa véspera do Dia da Independência, o presidente Lula declarou no seu programa quinzenal de rádio “Café com o Presidente”, que o crescimento econômico do país está consolidado: “Estamos comemorando o Dia da Independência (…) em um momento em que a economia dá sinais de crescimento sustentável“.

Lula comemorava os números anunciados pelo IBGE sobre o crescimento de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2004, em relação ao mesmo período do ano passado. A verdade é que esse crescimento econômico é menor do que se propagandiza, e beneficia essencialmente banqueiros e grandes empresários.

Como a base de comparação com o primeiro semestre do ano passado é muito baixa, os índices parecem altos, mas se tomarmos a comparação com os doze meses anteriores a junho desse ano, a taxa se reduz para 1,7%. Mesmo assim um verdadeiro bombardeio foi realizado pela mídia e pelo governo tentando convencer a população que nossa economia está em “franco desenvolvimento” e por isso o desemprego e a miséria vão diminuir. Evidentemente, essa campanha tem uma boa dose de oportunismo eleitoreiro, e com bastante efeito como se pode ver no crescimento dos candidatos do PT em boa parte do país.

Tudo isso é combinado com uma apelação patriótica, preparada pelo marqueteiro Duda Mendonça. O “patriotismo” de Lula serve para disfarçar a submissão completa de seu governo às ordens do FMI. Toda a política econômica, agora novamente endeusada pelo crescimento, é simplesmente a aplicação do receituário do FMI, a mesma política de FHC, do PSDB e do PFL. No mesmo momento em que lançava a campanha “patriótica, Lula se reunia com o gerente do FMI, Rodrigo Rato, que definiu o próximo ataque aos trabalhadores, a reforma Trabalhista, a ser lançada depois das eleições.
Post author Eduardo Almeida, da redação
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