As lutas pelo passe-livre acontecem no país inteiro apesar das entidades que deveriam representar os interesses dos estudantes: a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), e as entidades municipais.
Isso acontece porque a maioria das entidades vem se transformando em aparatos sem nenhuma democracia interna, atrelados a acordos com prefeituras, governos de estado e com o governo federal. Isso faz com que sejam entidades governistas, que não têm como prioridade as lutas, mas sim a sua sustentação com o dinheiro das carteirinhas do estudantes.
Em Salvador, os representantes da UBES e da ABES fecharam um acordo rebaixado com a Prefeitura para acabar com a mobilização dos estudantes, que durava duas semanas. O mesmo acontece nas demais cidades onde as entidades municipais são controladas por verdadeiras máfias de carteiras, que dependem da manutenção da meia-passagem e por isso se colocam contra as lutas pelo passe-livre.
É necessário em cada cidade organizar comitês pelo passe-livre, ou plenárias de grêmios, que sejam alternativa às entidades municipais burocráticas. É preciso também fundar novas entidades municipais, democráticas e a serviço das lutas. Nacionalmente, é preciso organizar uma forte oposição na UBES, que reúna todos aqueles que estão nas lutas e que não estão atrelados ao governo federal e nem ao dinheiro das carteiras.
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