A direção do PSOL está se apoiando no peso eleitoral de Heloísa para tentar impor condições inaceitáveis à frente. Pensam, no limite que, se a frente não ocorrer, terá pouca importância para eles, pela popularidade da senadora.

Estão equivocados. Heloísa pode expressar eleitoralmente a maior parte das lutas do movimento social contra o governo e as rupturas pela esquerda com o PT, caso seja a candidata de uma frente eleitoral, e não apenas do PSOL.

Defendemos uma frente de esquerda, classista e socialista. Mas não estamos de acordo nem com um programa democrático, nem com a adesão às candidaturas do PSOL. Isso não seria uma frente, ao menos a frente pela qual batalhamos. Nunca nos curvamos à direção do PT no passado, e não vamos fazê-lo com o PSOL.

A não existência da frente seria um erro muito grave, que a direção do PSOL deve evitar. Sem grandes lutas, e com poucos minutos na TV, seria muito importante que conseguíssemos unificar os ativistas que estão à esquerda do governo Lula em uma mesma campanha eleitoral. Sem a unidade desta vanguarda, da oposição de esquerda ao governo, a campanha ficará muito mais difícil. O PSTU tem uma inserção na vanguarda dos movimentos sociais muito importante, como se demonstrou no Conat. Voltamos a chamar a direção do PSOL a rever esta postura para viabilizar esta frente.

Que as bases decidam
Não concordamos com a exclusão. Defendemos que um Encontro Nacional, aberto a todos os ativistas, discuta e delibere sobre a melhor proposta de programa, concepção de campanha e a candidatura a vice. Nos estados, encontros também devem decidir sobre o programa e as candidaturas.

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