Nos escândalos do ano passado, infelizmente, as massas trabalhadoras estiveram de fora. Observaram, acompanharam, mas não participaram. Os atos contra o governo foram, em sua totalidade, de vanguarda, com poucos milhares de pessoas.

O que está apontado no horizonte do segundo mandato de Lula é uma série de ataques violentos contra os trabalhadores através das reformas neoliberais. Por isso, a não ser que o PT e a CUT consigam evitar as lutas (é nisso que o governo aposta), teremos crises com a participação dos trabalhadores.

Essa é a perspectiva mais importante a ser discutida pelos trabalhadores e pela juventude consciente do país. Vão ocorrer novas e mais importantes crises neste segundo mandato. E para enfrentá-las é preciso construir novas alternativas de direção para as lutas contra o governo e a burguesia.

No terreno político-sindical, a Conlutas é claramente uma alternativa à CUT. A coordenação já está preparando uma grande campanha de luta contra a reforma trabalhista e da Previdência (ver páginas 4 e 5).

No terreno político-partidário, é fundamental também construir uma alternativa ao PT. Esse partido é o instrumento político do governo para controlar os trabalhadores. É necessário unificar a vanguarda revolucionária em um partido de combate, que tenha como estratégia a intervenção nas lutas diretas dos trabalhadores e da juventude, em direção a uma revolução socialista. O embrião desse partido é o PSTU.

É nesse sentido que podemos ter uma perspectiva otimista do segundo mandato de Lula. Não em relação ao que ele vai fazer, mas da construção de alternativas à CUT e ao PT.

Se o primeiro mandato de Lula termina com a Conlutas despontando como alternativa, no segundo mandato está colocada a possibilidade de massificação dessa nova entidade. Se no primeiro mandato o PSTU se fortaleceu na vanguarda, é possível avançar muito mais nos próximos anos. Esses são os desafios. Ajude a enfrentá-los.

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