Dieesse afirma que salário mínimo deveria ser pelo menos 4 vezes a mais que o valor atual

Saiu o novo cálculo do valor mínimo que o salário do brasileiro deveria ser. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, o salário mínimo no mês de novembro de 2015 no Brasil deveria ser de R$ 3.399,22 para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas “com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”. Este é o valor que cumpriria, minimamente, o que a prória Constituição Brasileira estabelece: o salário deve dar conta do sustento de uma família. Parece óbvio né? Mas não é assim para os governos e os patrões.

Hoje, o salário mínimo é de R$ 788. O necessário para este mês de novembro, no entanto, é 4,3 vezes maior do que realmente recebemos. Tudo aumenta! Luz, gás, aluguel, preço dos alimentos, transporte! E o salário miserável tem aumento miserável (o Orçamento de 2016 prevê salário mínimo de R$ 865,50) que não chega nem perto do que é necessário hoje, que dirá com a previsão de ainda mais aumento no custo de vida.

Isso acontece porque a prioridade dos governos até hoje foi privilegiar os lucros dos bancos, grandes empresas e empreiteiras. Quando a economia cresce, os salários nunca crescem proporcionalmente aos lucros dos patrões. Quando a economia entra em crise, como vemos agora, os salários e os empregos são os primeiros a serem atacados para preservar os lucros dos patrões.

Esta lógica precisa ser invertida. Não são os trabalhadores que precisam se virar e fazer mágica para pagar as contas. Quem tem que ficar no vermelho são os patrões que enriquecem as nossas custas!

 
 
 

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