Dirceu Travesso, o Didi, candidato a prefeito, São Paulo

País afora, o PSTU não apresentou somente candidatos e candidatas para concorrerem às eleições. Apresentamos lutadores, piqueteiros, ativistas dos movimentos sociais e dirigentes sindicais que estiveram à frente das principais mobilizações que ocorreram no país.

DIRCEU TRAVESS0Dirigente, pela Oposição, do Sindicato dos Bancários)
Candidato a prefeito, São Paulo (SP)

“Foi impressionante viver diretamente a rebelião das bases contra a direção do sindicato. Isso nunca aconteceu assim aqui. Vai ficar na memória de todos que foi a oposição bancária quem parou São Paulo.
Olhe, eu fiquei emocionado quando a polícia chamada pelos banqueiros me prendeu e todos os funcionários da Nossa Caixa desceram para repudiar a violência.
Os banqueiros têm a seu lado o governo, a polícia, a grande imprensa. Nós temos o apoio dos que sofrem as conseqüências dos juros altíssimos.”

CYRO GARCIA

Dirigente do Sindicato dos Bancários
Candidato a vereador, Rio de Janeiro (RJ)

“A reta final da campanha está sendo marcada pela cassação aos nossos programas de TV. O TRE concedeu ‘direitos de resposta’ ao prefeito César Maia (PFL). Na prática, isso pode significar a perda dos programas que teríamos. Algo que não pode ser encarado como mera coincidência, principalmente agora, quando as lutas estão se acirrando e nossos programas de TV e rádio são os únicos que abrem espaço para os trabalhadores.
O que os partidos burgueses e a ‘Justiça’ querem é tentar nos calar, porque, levamos para a TV a greve bancária, os dirigentes das lutas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, dos petroleiros em luta contra o leilão da Petrobras, dos camelôs, dos trabalhadores da educação e tantos outros setores. No entanto, já deixamos um recado: nas ruas, ninguém nos calará.”

VANESSA PORTUGAL

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Candidata a prefeita, Belo Horizonte (MG)

“Enquanto os outros partidos levam para a TV o mundo da fantasia, nosso programa fala da realidade. O povo sabe que existem as greves, as lutas, mas só vêem os servidores estaduais da saúde, os trabalhadores em educação, os bancários em nosso programa. É como se disséssemos: chega de mentira, agora vamos falar de luta.”

ATENÁGORAS LOPES

Presidente licenciado do Sindicato da Construção Civil
Candidato a prefeito, Belém (PA)

“Em Belém, tivemos uma greve na minha categoria, a construção civil, durante 15 dias. Foi incrível, a maior mobilização em anos e anos. Sacudimos a cidade, com passeatas dos peões da construção. Muitos deles nunca tinham feito greve, e se sentiam o máximo percorrendo as ruas. Os peões entenderam que a luta vai para além da greve e, também das eleições.”

GILMAR SALGADO

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Água e Saneamento
Candidato a prefeito, Florianópolis (SC)

“Florianópolis está sendo varrida por sucessivas ondas de lutas. Em setembro, quando uma passeata promovida pela Associação dos Praças e Soldados (em luta salarial), com o apoio de estudantes que lutam pelo passe-livre, praticamente fechou o acesso à ilha, eu fui o único candidato a prefeito presente. Bancários e servidores do Judiciário continuam paralisados. Os trabalhadores do serviço de águas estão em estado de greve. Os professores estaduais aprovaram a paralisação a partir desta semana. A campanha, agora, está na reta final, mas as lutas, não.”

LUIZ CARLOS PRATES, O MANCHA

Presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos
Candidato a prefeito, São José dos Campos (SP)

“Em São José, nossa campanha nasceu no chão das fábricas, na ocupação dos sem-teto do Pinheirinho, nos piquetes nas portas dos bancos, e onde quer que houvesse alguma luta por melhores salários e condições de vida.
Entre os metalúrgicos, a campanha acabou se transformando num instrumento importante para ajudar a arrancar os 9,57% que conseguimos, o maior aumento em 10 anos. Uma importância reconhecida pelos trabalhadores, que estão organizando ‘correntes’ para pedir o voto para a minha candidatura e dos demais candidatos do PSTU.”

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