O governo Lula exibe como vitória a “estabilidade” econômica do país. O “risco-país” havia diminuído, o dólar em queda, a Bolsa estava subindo. Para tanto, o governo seguiu direitinho as ordens do FMI.

Apesar de todo o esforço em cumprir as regras impostas pelo imperialismo, nas duas últimas semanas a economia vem derrubando mais uma mentira do governo. O “risco-país” cresceu. O dólar disparou. A Bolsa caiu. A estabilidade da economia está ameaçada.

Para aplicar esse projeto, o governo atacou violentamente os trabalhadores. O desemprego aumentou, o salário mínimo aprovado foi de R$ 260, os salários continuam arrochados e o dos servidores públicos ainda mais. Agora, com a nova crise, o arrocho e o desemprego irão aumentar. O chefe da Casa Civil, José Dirceu, propôs a criação de um novo “pacto nacional” com a burguesia para enfrentar a crise. Na verdade, o que Dirceu quer fazer mesmo é jogar todo peso da crise sobre as costas dos trabalhadores, preservando os lucros de um punhado de banqueiros, empresários e latifundiários.

As mobilizações e lutas que surgem por todo o país devem se ampliar e buscar a unidade. Os servidores estaduais também retomam suas mobilizações contra o mesmo projeto do governo federal, aplicado nos estados e municípios. Governadores e prefeitos, sejam dos partidos que compõem o governo ou dos partidos da oposição burguesa, usam das mesmas velhas desculpas para manter o arrocho. São todos iguais, aplicam a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do FMI e dizem não ter dinheiro suficiente para pagar os servidores, deixando-os na miséria.

Dia 16 tem manifestação em Brasília

Além dos atos e manifestações nos estados, é preciso organizar uma grande manifestação em Brasília, no dia 16 de junho. A Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) está convocando essa data com o objetivo de repudiar as reformas Sindical e Trabalhista e a Universitária, unificando essa luta com as greves dos servidores contra o arrocho salarial e também para levantar nossas bandeiras contra a Alca e o FMI.

A direção da CUT e da UNE não irão mover uma palha pela unidade dessas lutas. Ao contrário, como apóiam o governo, pretendem desmontá-las e dividir o movimento.
Portanto, é hora de arregaçar as mangas e preparar a marcha a Brasília. Devemos organizar panfletagens e palestras sobre as reformas. Nas assembléias de base dos servidores e dos trabalhadores privados é preciso aprovar a ida a Brasília e incorporar a convocação nos jornais e publicações do movimento. Essa tarefa é de todos ativistas, sindicatos e entidades estudantis e populares.

O governo aposta na divisão das categorias em greve. Nós apostamos na força das nossas lutas para derrotar as reformas e o arrocho salarial.

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