Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

A greve nacional dos caminhoneiros está parando o país contra o alto preço do combustível. Em apenas quatro dias emparedou o governo Temer e o Congresso Nacional, angariando apoio popular e a solidariedade de inúmeras categorias que estão parando em apoio à luta dos trabalhadores do transporte, como os petroleiros, estivadores, motoqueiros, perueiros e taxistas.

Essa mobilização dos caminhoneiros se soma a várias lutas que estão ocorrendo pelo país. No mesmo dia que os caminhoneiros fechavam as principais rodovias do Brasil, operários da Mercedes do ABC entravam na segunda semana de greve. Os professores da rede privada de São Paulo cruzavam os braços e iam às ruas. Os operários da Construção Civil da capital paulista também paravam. Os servidores da Receita Federal também estão de braços cruzados.

Isso tudo no momento em que Temer desiste de sua candidatura à reeleição, o dirigente do PSDB, Eduardo Azeredo, é finalmente preso e a privatização da Eletrobrás fracassa. Temer e o Congresso estão nas cordas e a indignação dos trabalhadores e a população contra essa situação de crise, desemprego e ataques aos direitos ameaça explodir.

Foto Mídia Ninja

Centrais precisam convocar reunião
É hora de unificar essas lutas, construir uma pauta comum que some as justas reivindicações dos caminhoneiros com às dos demais trabalhadores e chamar uma Greve Geral que pare esse país. Para baixar o preço do combustível, mas também para baixar o preço do gás de cozinha. A crise que está sendo jogada nas costas dos trabalhadores faz com que muitas famílias tenham que voltar aos fogões a lenha para cozinhar. Isso é reflexo dessa política de privatização da Petrobrás, levada a cabo pelos governos do PT e aprofundada por Temer. É preciso reestatizar a empresa, por uma Petrobrás 100% estatal sob o controle dos trabalhadores e não de políticos corruptos, que produza para a população e não um punhado de acionistas da bolsa e Nova Iorque.

Uma Greve Geral para acabar com o desemprego em massa, que lute pela redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários; que revogue a reforma trabalhista que só precariza direitos e aumenta o desemprego; contra qualquer tipo de reforma da Previdência; que revogue o teto dos gastos públicos. E para botar pra fora Temer já!

As direções das centrais sindicais precisam urgente convocar uma reunião para preparar essa Greve Geral. É isso o que o momento atual do país exige.

Fora Temer! Fora todos eles!

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