Redação

O prefeito de São Paulo João Doria e o governador Geraldo Alckmin (ambos do PSDB) prometeram juntos que iriam congelar o preço da tarifa do transporte público.

Mas eles mentiram. Aumentarão, a partir de 8 de janeiro, todas as tarifas múltiplas acima da inflação, atingindo assim os mais pobres que utilizavam os bilhetes múltiplos para conseguirem pagar um pouco menos.

O bilhete mensal (ônibus ou trilhos) passará de R$ 140 para R$ 190. Um aumento de R$ 50, ou seja, 35,7%, bem acima da inflação e dos reajustes recebidos pelos trabalhadores.

O bilhete mensal (integrado) passará de R$ 230 para 300, aumento de 30,4%.

O bilhete 24 horas (ônibus ou trilhos) de R$ 10 para R$ 15, aumento de 50%. O bilhete 24 horas (integrado) de R$ 16 para R$ 20, 33%. O bilhete semanal será extinto.

Integração ônibus e trilhos passará de R$ 5,92 para R$ 6,80, aumento de 14,8%.

Os bilhetes Madrugador e Da Hora passarão de R$ 2,92 para R$ 3,40, aumento de 16,4%.

Os reajustes atingirão ao menos um em cada quatro passageiros do sistema municipal de ônibus (que tem 9,6 milhões de usuários por dia) e um terço dos usuários do sistema metroferroviário (7,5 milhões, com metrô e trem).

Porque o aumento é um roubo
Para ter o transporte público como prioridade, quem deveria pagar por ele são os empresários, os mais ricos, que são os maiores beneficiários do transporte das pessoas, já que a maioria das pessoas se locomove para trabalhar para estas empresas, consumir seus produtos, estudar para trabalhar pra eles.

Mas hoje quem paga a conta são principalmente os trabalhadores. Esse aumento penaliza os mais pobres, que ainda são obrigados a andar de transporte público superlotado.

E Doria e Alckmin, assim como diversos prefeitos pelo país, querem que continue assim. Atacam os trabalhadores para garantir os grandes lucros dos empresários, inclusive das máfias dos ônibus e do Metrô privatizado, como a linha 4. Dão desconto de impostos aos grandes empresários e aumentam a tarifa para a população mais pobre.

Lutar contra o aumento
Os trabalhadores, a população mais pobre e os estudantes devem sair às ruas para dizer não ao aumento das tarifas do ônibus, trem e metrô.

Vamos preparar manifestações, se somar às iniciativas que tiverem na cidade e fazer como em 2013 quando calamos a boca e o aumento de Alckmin e Haddad, que estavam juntos pelo aumento contra a população.

Agora é barrar o aumento do Alckmin e do mentiroso político Doria.

Vem para rua vem, contra o aumento!

– Não ao aumento de tarifa!

– Redução da tarifa rumo à tarifa zero!

– Estatização dos transportes públicos, para benefício da sociedade, sob controle dos trabalhadores e população!

– Fora todos eles, Temer, Alckmin, Doria, políticos que governam paros ricos e mentem pros trabalhadores!

PSTU São Paulo