O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos realiza neste sábado, dia 17 de maio, das 9h às 17h, o seminário “As mudanças na organização do trabalho e as doenças ocupacionais”.

Em debate, a reestruturação produtiva que as empresas têm feito nos últimos anos e as conseqüências que isso tem trazido para os trabalhadores.

Atualmente, há uma verdadeira epidemia de LER (Lesões por Esforços Repetitivos) na categoria metalúrgica. São diversos programas de qualidade, novas formas de trabalhar, aumento do ritmo da produção, pressão da chefia, entre outras mudanças no dia-a-dia dentro das fábricas, que afetam profundamente a saúde e a segurança do trabalhador.

Às vezes, começa com uma dorzinha incômoda no braço, no ombro ou na coluna, que aparece no final da jornada de trabalho. O braço começa a formigar, ficar pesado. Pode haver até um certo inchaço e dificuldades para alguns movimentos. Esses são os primeiros sintomas das doenças ocupacionais, que levam até à perda total da capacidade para o trabalho.

O seminário é organizado pela Secretaria de Saúde do Sindicato, que está tabulando uma pesquisa sobre doença ocupacional na GM, uma das maiores empresas da categoria e das que mais lesiona. O resultado será apresentado no encontro.

Os trabalhadores poderão falar dos problemas de sua empresa e mostrar qual a melhor maneira de trabalhar, junto com a CIPA e o Sindicato, contra os ataques dos patrões.

Os palestrantes do encontro serão Wiliam Felipe, do Ilaese (Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos), Maria Elvira Mariano, advogada especializada em Saúde e Segurança do Trabalho, e Érika Andreassy, enfermeira e membro do Ilaese.

Em discussão temas como reestruturação produtiva, saúde e segurança no trabalho, Previdência Social e os direitos do trabalhador e LER/DORT e seus sintomas.