Começou uma temporada de caça aos dirigentes e ativistas sindicais em Fortaleza. Na categoria dos rodoviários, cipeiros estão sendo demitidos sumariamente. Na construção civil, são diversos os diretores sindicais que estão no alvo dos patrões.

Há um processo contra o diretor do sindicato Francisco Gonzaga, em que a empresa Colméia imputa ao mesmo a destruição de um canteiro de obra durante uma greve da categoria, embora não apresente uma única prova. Gonzaga também é candidato a vice-prefeito na chapa PSTU-PSOL na cidade.

Ainda na construção civil, dois outros dirigentes sindicais estão se enfrentando com o tacão das demissões: Nestor Bezerra e Laércio. Mostrando, no entanto, tratar-se de um processo suficientemente amplo, no setor da confecção feminina também acontecem perseguições ao ativismo, conforme se observa no caso da dirigente sindical Valdênia, também demitida pela patronal.

Em outros setores – como vigilantes e gráficos – a política de terra arrasada do empresariado e de desrespeito à livre organização sindical é também um fenômeno visível. A resposta do movimento sindical já começou. Alguns atos foram realizados, particularmente na confecção feminina e nos vigilantes.

primeiros passos já foram dados. Será, entretanto, necessário ir mais fundo para derrotar a patronal. A Conlutas defende uma campanha unificada dos sindicatos e oposições contra a criminalização dos movimentos sociais, contra as demissões dos diretores dos sindicatos (e cipeiros) e em defesa da autonomia e liberdade de organização sindical. É hora da caçarmos os patrões.