No último dia 19, uma comissão de dirigentes do PSTU foi recebida pelo secretário-adjunto da Secretaria Geral da Presidência, Swedenberger do Nascimento Barbosa, e pelo próprio ministro Gilberto Carvalho. Na pauta da audiência, a prisão dos 13 ativistas durante uma manifestação contra a vinda de Obama ao Brasil, em 18 de março.
Os 13 manifestantes, sendo nove do PSTU e uma senhora de 69 anos, foram detidos por 72 horas e agora responderão pelos crimes de lesão corporal, dano ao patrimônio e tentativa de incêndio, correndo o risco de serem enquadrados na famigerada Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura militar.

Representaram o PSTU o dirigente nacional do partido José Maria de Almeida, o Zé Maria, o dirigente do Rio Cyro Garcia e o advogado José Eduardo Braunschweiger, o Zeca, que, além de fazer parte da direção regional, foi um dos presos políticos. O deputado federal pelo PSOL Chico Alencar também acompanhou a reunião. A comissão denunciou a situação dos detidos, assim como a disposição da Justiça e do governo do Rio em seguir na criminalização dos ativistas.

Gilberto Carvalho negou que houvesse uma orientação do governo federal para a prisão dos ativistas. O ministro se comprometeu a analisar medidas em relação ao caso e encaminhar novas audiências, desta vez com o ministro da Justiça e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, para analisar encaminhamentos a partir de Brasília.
Além da questão dos presos do Rio, Zé Maria também denunciou a situação do dirigente do MTL em Minas João Batista, condenado a cinco anos de prisão. O ministro e seu secretário se comprometeram a analisar a situação dele também. “A reunião foi positiva, mas o mais importante é continuar a pressão, divulgar o abaixo-assinado contra a criminalização dos movimentos sociais e manter a campanha até o arquivamento definitivo do processo”, afirmou Cyro.

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