Liduina Basto, diretora do Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros do Estado do Amapá (SINCOTTRAP) e militante do PSTU, foi ameaçada de morteNesta segunda-feira, 9 de maio, por volta das 20h30, a companheira Liduina Basto, cobradora da empresa Viação Amapaense e diretora do sindicato, foi ameaçada de morte. Ela estava próxima da sede do sindicato, onde havia acabado de participar de uma assembléia para discutir as indenizações trabalhistas dos ex-empregados da empresa Estrela de Ouro, empresa que faliu e teve seus bens leiloados pela Justiça.

Ao dirigir-se para sua residência, Lidu, como é conhecida, foi abordada por dois homens, que estavam em um carro. Eles encostaram o carro ao seu lado, e perguntaram se ela sabia onde morava uma pessoa, cujo nome foi dito rapidamente. Liduina, que é companheira do presidente do sindicato, Joinville Frota, respondeu que não. Em seguida, perguntaram por um outro nome e, antes que ela respondesse, anunciaram: “não queremos o endereço de ninguém”. “Estamos aqui mandados para matá-la”, ameaçaram. Nesse momento, um deles reconheceu Liduina. Disse que a conhecia e perguntou se ela era cobradora. Com a confirmação, o outro homem argumentou que estava ali para “fazer o serviço”. Os dois começaram a discutir entre si, pediram para que ela não olhasse e acabaram indo embora.

Ameaças são constantes
Em 2004, o tesoureiro da entidade e o presidente do sindicato foram ameaçados. Joinville Frota foi perseguido por três homens e, em todos as campanhas salariais da categoria, ele é ameaçado de morte. Além disso, ainda no ano passado, um dia depois da greve, o sindicato foi arrombado de forma criminosa.

Lutas motivam ataques
No último período, os rodoviários têm travado um grande enfrentamento com os donos de ônibus. Com mais de um mês de luta, garantiram o emprego de 191 trabalhadores e o pagamento das indenizações trabalhistas dos ex-empregados da Estrela de Ouro. Também lutam contra a reestruturação produtiva na empresa Amazonrtur e a política criminosa de demissões da empresa União Macapá.

No dia 4 de maio, durante a semana de mobilizações da Conlutas, foram realizadas fortes paralisações nessas empresas, que também serviram para preparar a mais forte campanha salarial da história da categoria.

Eles também têm denunciado a máfia do transporte coletivo no Estado, onde funcionários ligados à prefeitura exercem cargos nas empresas, e o aumento de passagem. Em todas as lutas enfrentam uma forte repressão da tropa de choque e da Polícia Militar do governo Waldez Góes (PDT) e, em várias ocasiões, os trabalhadores foram espancados, inclusive o próprio presidente do sindicato, no mês de março.

SOLIDARIEDADE

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Fax: (96) 212-1100

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e/ou pelo fax do sindicato (96) 223-7580.

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