O dirigente da CUT-AL, José Emanuel, entrou com uma Ação Cautelar contra o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Alagoas (Sintsep). O objetivo da Ação foi questionar a legalidade da Assembléia convocada pela direção da entidade para discutir, entre outros temas, a desfiliação do sindicato da CUT. A assembléia foi convocada para a sexta-feira (03/12), na cidade de Palmeira dos Índios.

Compareceram mais de 600 servidores, que foram impedidos de deliberar sobre os temas da pauta, devido a Decisão Liminar, proferida pela Justiça comum, inviabilizando o fórum dos trabalhadores. Segundo informações, houve um início de tumulto provocado pela revolta dos filiados presentes com a atitude do dirigente cutista, que também é associado ao Sintsep. Situação contornada por Coordenadores do sindicato que pediram calma aos mais exaltados. O Coordenador do Sintsep, Jorgelson Veras, declarou que, dias antes, o presidente da CUT, Isaac Jackson, havia ameaçado impedir a realização da assembléia, caso não fosse convocado a participar da mesma. Porém, apesar da ameaça ser efetivada, para Veras, o fato mais revoltante foi a chegada do Oficial de Justiça, ao local da assembléia, acompanhando do dirigente da CUT, autor da representação, mais dois policiais militares armados com metralhadoras. “Não somos bandidos, somos trabalhadores.

Havia cerca de 300 aposentados naquela assembléia.“ Afirmou o dirigente indignado. Antidemocrático A avaliação da Coordenação do Sintsep é que o fato representou uma provocação e só aumentou a insatisfação da categoria com os rumos da CUT. Para eles, buscar amparo legal é um direito de todo cidadão, porém, a Liminar foi pedida com base em um erro material na Convocatória da Assembléia. Segundo o Estatuto da entidade a Assembléia deveria ser divulgada, oficialmente, 72 horas antes do dia da sua realização. Foi divulgada 48 horas antes. Contudo, ainda segundo a Direção do Sintsep, foram realizadas reuniões setoriais em várias cidades polos no interior de Alagoas, nos 15 dias que antecederam a assembléia, havendo, em todas elas, a divulgação da pauta, dia, local e horário do evento. Desse modo, a divulgação ofical seria mera formalidade burocrática. Portanto, “se, de fato, o dirigente cutista considerava isso de suma importância, bastaria, ao início da assembléia, submeter o assunto à deliberação dos mais de 600 trabalhadores presentes e, em caso de derrota da proposta, ainda recorrer a outras instâncias superiores como o Congresso da categoria. Seria uma demonstração real de democracia e de respeito a organização dos trabalhadores, em detrimento do uso de um instrumento do Estado Burguês, frequentemente utilizado para reprimir a Classe Trabalhadora“, avaliou o Coordenador Geral do Sintsep, Jorgelson Veras. Ainda em dezembro, nova assembléia será convocada para tratar da mesma pauta.

Fonte: www.noticiadorweb.com.br