Segue a indignação contra o boicote a RaimundãoO PSTU recebeu recentemente cópia da NOTA DE REPÚDIO aprovada e divulgada pelo Diretório Acadêmico Tristão de Athayde, do curso de Comunicação Social da UFC a respeito da exclusão de Raimundão no debate na TV Diário. Agradecemos a solidariedade do DA e divulgamos a NOTA abaixo.

NOTA DE REPÚDIO
Fortaleza, 18 de setembro de 2002.

TENDO em vista que, segundo o Código de Ética do Jornalista, editado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará (Sindjorce), no seu artigo 9º, alínea “b“, o jornalista deve “lutar pela liberdade de pensamento e expressão“, e, desse modo, concorrer para o aprofundamento de uma democracia verdadeiramente plural;

LEVANDO em conta também que o jornalista deve respeitar uma das premissas básicas do verdadeiro Jornalismo que é o confronto das idéias divergentes para uma compreensão global por parte do receptor-espectador;

CONSIDERANDO ainda que, apesar de apoiada juridicamente na resolução 20.988 do Tribunal Superior Eleitoral, não se justifica a arbitrariedade promovida pela TV Diário ao qual “desconvidou“ o candidato abaixo referido cinco horas antes do início do debate, para o qual o impedido fora convidado;

O Diretório Acadêmico Tristão de Athayde – Gestão Liberdade Coletiva (2002-2003) entidade representativa do corpo discente do Curso de Comunicação Social da UFC, deliberou na sua reunião ordinária de 17 de setembro de 2002, nota de REPÚDIO AO VETO perpetrado pelo Sistema Verdes Mares, via TV Diário, contra a participação do candidato Raimundo Pereira de Castro (PSTU), popularmente conhecido por Raimundão, no debate promovido na noite do dia 16 de setembro do corrente.
Como foi dito, o ato tem seu respaldo legal, mas é condenável políticamente, pois cerceou a presença e, por conseguinte, a expressão de uma candidatura legítima no trâmite eleitoral; socialmente, por que, com essa ação, o SVM fere sua credibilidade; e, por fim, moralmente, devido ao contrangimento danoso promovido pelo Sistema ao candidato e correligionários quando estes foram barrados na entrada do estúdio.
Assim posto, fica a cargo da população, incluindo as entidades e demais correntes políticas, o julgamento em relação a este reprovável ato de censura que põe em risco a construção de uma imprensa onde se permita a livre exposição de idéias, ainda que estas destoem da linha eleitoral do veículo.