Nesta semana, o diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, fará uma visita oficial ao Brasil para comemorar com o presidente Lula o pagamento antecipado da dívida com o Fundo. Durante a visita, Rato se reunirá com Lula, com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Em dezembro, o Brasil pagou US$ 15,57 bilhões em dívidas com o FMI, com dois anos de antecedência. Sob a máscara de uma suposta independência econômica, a quitação apenas representou o enorme grau de submissão do governo petista ao imperialismo, fato que será confirmado pelos elogios do diretor do Fundo.

Mas os motivos para o governo brasileiro ser elogiado pelo imperialismo não param por aí. O aperto orçamentário aplicado por Palocci em 2005 fez com que o país encerrasse o ano com um superávit primário de 4,97% do Produto Interno Bruto. Todo esse dinheiro deixou de ser investido em áreas sociais para ser destinado ao pagamento dos juros da dívida externa. Esse índice ficou muito acima da meta oficial de 4,25% e também superou as próprias previsões oficiais e de analistas econômicos, que projetavam um superávit de 4,75%.

O aperto aplicado a ferro e fogo pelo governo Lula foi mais eficiente que o do próprio governo FHC. Os elogios internacionais feitos por Bush, pelo representante do FMI, entre outros, apenas confirmam que Lula já provou ao Tio Sam que é não só um bom neoliberal, mas o melhor.