Julgamento do assassinato de Gildo Rocha acontece neste momento em BrasíliaEstá acontecendo em Brasília (DF) o julgamento de um dos policiais acusados de assassinar Gildo Rocha, morto em 2000, com um tiro nas costas. Gildo foi executado por dois policiais civis à paisana. Um deles morreu, e o outro, Arnulfo Alves Pereira, está sendo julgado após vários adiamentos e 11 anos de impunidade.

Gildo participava de uma atividade de greve quando foi atacado. A defesa insiste na tese de que Gildo estava armado e atirou. No entanto, Gildo não tinha armas e foi baleado por trás. Na época, um laudo desmentiu essa tese, provando que não havia vestígios de pólvora nas mãos de Gildo nem consumo de drogas. Armas e drogas foram plantadas no seu carro após o ocorrido.

“A polícia acredita que pode tudo. Eles podem fazer greve, chutar carros, mas para o outro é a repressão, a força”, afirmou a promotoria no julgamento de hoje. Conforme demonstram matérias da imprensa na época, as investigações foram marcadas por irregularidades. Com essas evidências, a promotoria, neste momento, está contradizendo a defesa. “Desde o início, a polícia não investigou os seus homens, partiu do princípio que a versão da polícia é a verdadeira e toda a investigação foi contra a vítima. Nenhuma investigação contra os policiais”, disse o promotor.

Gildo morreu aos 33 anos, deixando a esposa e dois filhos pequenos. Embora a condenação do réu não vá reparar a dor de seus familiares e companheiros, esperamos que hoje seja feita justiça. A decisão pode amenizar a nossa dor. Gildo morreu na luta por um mundo melhor e justo. Ele continua presente nas lutas do PSTU e dá força para combater as injustiças, a criminalização dos movimentos sociais e os poderosos.

Companheiro Gildo, presente!