Os governistas da CUT (PT e PCdoB), que estão na direção de importantes greves, como a da Fasubra e as ligadas à Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Federais), não trabalham para unir o funcionalismo nem apontam para o enfrentamento com o governo.

CUT, Fasubra, Condsef e Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) não poupam esforços para participar do Grupo de Trabalho sobre Negociação Coletiva criado pelo governo. Este GT pretende, na verdade, garantir a aprovação do projeto de lei sobre proibição de greves no funcionalismo federal. Ao mesmo tempo em que priorizam esse tipo de negociação, essas direções bloqueiam qualquer tentativa de unificar ou radicalizar as lutas.

Não foi por outro motivo que a plenária nacional dos federais, no dia 3 de junho, condicionou a participação das entidades da Cnesf no GT à retirada da discussão do projeto de regulamentação do direito de greve do PLC 01/07 e à abertura imediata de negociações em torno da pauta geral dos servidores. Essas condições evidentemente não foram aceitas pelo governo. Assim mesmo, essas entidades insistem em se manter no GT, contra a decisão da base.

Por uma nova direção
É preciso derrotar não só os projetos do governo, mas, também, seus representantes no movimento. Embora defendamos a unidade, é preciso separar o joio do trigo. A CUT não quer a vitória dos técnico-administrativos das universidades e dos funcionários do Ibama, Incra e Ministério da Cultura, pois significaria a derrota do governo Lula. Por tudo isso, está mais vivo do que nunca o lema dos servidores na luta contra a aprovação da reforma da Previdência em 2003: “A CUT não fala em nosso nome!”.

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