A direção majoritária – Articulação e PCdoB – conseguiram tirar os bancários dos bancos privados da greve, assinando um acordo rebaixado. E têm sido um obstáculo para a greve no BB e na CEF.

Os bancários destes bancos estatais tiveram que, literalmente, passar por cima das comissões de empresa dos funcionários e da maioria das direções sindicais para irem à greve. A Articulação e o PCdoB a todo o momento fazem o jogo do governo na campanha salarial.

Primeiro, não unificaram a categoria, tirando os bancários dos bancos privados da campanha com uma proposta rebaixada.
Depois, no BB e na CEF, defenderam nas assembléias do país inteiro a proposta das empresas, quando foram vaiados e derrotados. E, agora, buscam todo tipo de manobra para acabar com a greve.

Estão tentando negociar com as empresas uma nova proposta com o mesmo objetivo: rebaixar as reivindicações.

Em Brasília, a assembléia do dia 14 – primeiro dia de greve – foi realizada em um local distante, para que quem estivesse nos piquetes não fosse. Ao mesmo tempo, convocaram os comissionados em peso, para ajudar a encerrar a greve. Quebraram a cara! Os bancários foram à assembléia, votaram a continuidade da greve e reafirmaram as reivindicações: reposição das perdas do ano mais produtividade (21,58%), isonomia aos novos e plano de reposição das perdas passadas.

Nenhuma confiança nas direções. Que a base tome conta da greve e das negociações!

As lições aprendidas na greve dos Correios e nesta campanha salarial de bancários mostram que os trabalhadores não podem confiar nas direções governistas.
Devemos seguir o exemplo dos bancários do BB de Brasília, que destituiram a comissão de empresa dos funcionários, e do pessoal da CEF do Rio de Janeiro, que elegeu representantes da base para a comissão de empresa dos funcionários.

Post author André Valuche,
da redação
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